Comecei a sentir dores no peito, então resolvi ir ao hospital. A médica me passou um remédio de uso contínuo e, a partir daí, a cada dois meses, faço exames para monitorar o coração, conta o aposentado Carlos Alberto Cerqueira, 82 anos.
Riscos
A médica que acompanha Cerqueira é a cardiologista Taís Dantas Sarmento, coordenadora do serviço de cardiologia do Hospital da Bahia. Ela explica que os fatores de risco que potencializam o desenvolvimento de doenças cardíacas são diversos e multifatoriais. Há quadros cardíacos genéticos, “por isso a extrema importância do histórico familiar”, assim como doenças como obesidade e hipertensão, que aumentam o risco de cardiopatias.
Há também fatores modificáveis, que dependem do estilo de vida da pessoa, como o sedentarismo e o tabagismo. “Adquirir hábitos saudáveis é essencial para a saúde do coração. Atualmente, entre as principais razões por trás desse crescente número de casos cardíacos está a epidemia de obesidade, acompanhada de colesterol, pressão e glicemia altas, além do próprio envelhecimento da população”, alerta Taís Sarmento.