A decadência administrativa de mais um ano que se encerra em Uauá

Da Redação

O ano de 2019 está acabando, resta poucos dias, mas mesmo assim a política está comendo nos bastidores do município de Uauá. No decorrer deste ano, o prefeito Lindomar Dantas (PCdoB) reforçou a sua base política, deixando seu palanque altamente pesado. Além de atrair algumas lideranças para a máquina municipal, ele conseguiu levar para o governo no mês de maio, o vereador João de Davi (PP). Davi foi eleito no palanque da oposição, contou com os apoios do ex-prefeito Olímpio Cardoso (PDT) e do pré-candidato a prefeito Moisés Ribeiro (PP). Hoje ele ocupa a Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Serviços Públicos.

Situação da cidade

Nos bastidores da política já se comenta na possibilidade de mais outro vereador deixar a oposição para compor a base do governo. O nome cogitado é do vereador Lula Lima (MDB), com a possibilidade de ser o candidato a vice do gestor municipal nas próximas eleições de 2020.

O primeiro dos vereadores a pular de lado foi José Antônio Dias Nogueira, o popular Zé Antonio (MDB), no ano de 2018. Mas segundo informações, as coisas não andam bem para os adesistas. As limitações impostas e as dificuldades de relacionamento com determinadas pessoas tem deixado o ambiente nada amistoso. Outro problema é a briga por espaço político nas comunidades, inclusive quando se pede uma máquina para fazer patrolamento de estrada ou limpeza de aguada. Enquanto isso, as cotoveladas nos corredores do poder avançam com a chegada do ano eleitoral.

Esta ambição de atrair lideranças, ou vereadores da oposição tem causando problemas internos na base do próprio gestor com pessoas que fizeram parte do ‘exército vermelho’ sendo preteridas, maltratadas, afastadas ou rebaixadas de cargos. O clima de empolgação na base política não é o mesmo com pessoas sufocadas, angustiadas e procurando outros centros para sobreviverem. A empolgação de 2016 acabou, as decepções se alastraram com denúncias graves contra administração apresentadas por vereadores na tribuna da Câmara Municipal, Delegacia de Polícia, Tribunal de Contas e TCU.

O mais desagradável que foi instaurado dentro do grupo capi-comunista, a arte de destruir o próprio aliado, coisas que fazem lembrar as regras criadas pelo sanguinário soviético Joseph Stálin. O ‘padre’ é muito astuto, aprendeu rápido a fazer a política da perversidade dando risada, abraços, beijando crianças, apertando a mão, dando tapinhas nos ombros, usando de uma boa conversa. A sua sabedoria fez muitas pessoas correrem logo no início antes de ser prefeito, a exemplo do ex-gestor Jorge Lobo. Para evitar o fogo amigo aberto, já existe sinais do alijamento político de vereadores, e outras lideranças, que tentam a independência. Na cidade alguns formadores de opiniões já questionam: Será que vai usar um vereador contra o outro para limitar, ou impedir as ações de quem tenta trabalhar em prol do povo?

Será que pessoas são obrigados a engolirem calados as ações primitivas da administração só porque tem parentes trabalhando na prefeitura? Será que um irmão deixará de falar com o outro só porque é da oposição ou independente?

O ex-prefeito Jorge Lobo colocou na política uma fera, uma pessoa inteligente, ambiciosa, que hoje não só se virou contra ele, mas contra muitas pessoas que o elegeu. Para resolver este problema será necessário a união da oposição, caso contrário esta mesma oposição desaparecerá durante os próximos 8 ou 12 anos. Resta menos de duas semanas para o ano eleitoral, o gestor e pessoas de sua cozinha já comemoram antecipadamente a reeleição por acreditar que a oposição não vai se unir.

Algumas lideranças apostam em um nome novo, mas quem? Todos sabem que eleição para se ganhar tem que ter dinheiro, juntar gente, o candidato tem que gostar de povo, ser um homem de palavra, não está envolvido em mutreta e tem que ter um bom relacionamento com todas as classes sociais.

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