A revolta dos profissionais de saúde em Juazeiro

Da Redação

Médicos, enfermeiros e dentistas concursados da Prefeitura de Juazeiro se reúnem uma vez a cada mês para avaliar as atividades realizadas. São dezenas profissionais que trabalham atendendo e ouvindo os problemas de pessoas carentes que moram na periferia e no interior da cidade.

Segundo informações chegadas à reportagem do AP por dois profissionais da área nesta quarta-feira (12), o que mais eles tem se queixado é do tipo de tratamento oferecido por pessoas que prestam serviços na Secretaria de Saúde e da falta de infraestrutura em seus postos de trabalho. Mas o que complica mais ainda é a falta de interatividade com pessoas contratadas que prestam serviços na própria secretaria no momento de resolver problemas da própria pasta. “Quase todos os colegas só vão à secretaria quando são obrigados, isso vem acontecendo ao longo dos últimos anos, e chegou o momento que ninguém é mais obrigado a passar por tal situação”, lamentou.

“Algumas dessas pessoas são de outras cidades, não tem compromisso social e político com Juazeiro, moram em Petrolina e não conhecem a realidade de nossa gente, se acham superiores ou mais importantes do que os profissionais que todos os dias estão trabalhando diretamente com o povo, isso sem incluir os problema que enfrentamos ao longo dos anos por falta de estrutura e segurança profissional”, desabafou um outro.

Eles afirmaram que durante as reuniões é difícil encontrar alguém que esteja à favor da administração municipal. “Nas reuniões a revolta é geral”.

Por outro lado, outros profissionais da rede municipal estão se comportamento de maneira não conciliadora com a administração em lugares públicos. Durante o carnaval a reportagem presenciou alguns servidores descontentes. Pelo visto, o discurso de algumas pessoas que ocupam cargos de confiança, ou uma cadeira na casa legislativa, de que pagar salários em dia fará a diferença durante a reeleição do prefeito Paulo Bomfim (sem-partido), será muito difícil.

O quadro de comportamento das pessoas está mudando rapidamente, sendo que algumas perderam o receio, ou o medo, estão fazendo desabafo em público.

Fica o alerta para quem está à frente da administração municipal.

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