Além de Bolsonaro, outros 14 suspeitos de envolvimento em trama golpista ficaram em silêncio

Augusto Heleno e Braga Netto não deram declarações, enquanto Anderson Torres e Valdemar Costa Neto responderam perguntas

Ex-presidente Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A maioria dos intimados a prestar depoimento na Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, optou por ficar em silêncio. Das 27 pessoas que foram à Polícia Federal (PF), entre investigados e testemunhas, 15 não prestaram declarações, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, os ex-ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos.

Já entre os 12 que falaram, estão os ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior, o ex-comandante do Exército Marco Antonio Freire Gomes, o ex-ministro Anderson Torres e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

O conteúdo de todos os depoimentos foi divulgado nesta sexta-feira (15) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Quase todos que ficaram em silêncio apresentaram como justificativa o fato de não ter tido acesso a todos os elementos da investigação. Antes dos depoimentos, Moraes concedeu acesso das defesas aos autos, mas explicou que isso não se aplica às diligências em andamento.

A defesa de Bolsonaro, por exemplo, entregou no dia do depoimento uma petição informando que ele tem “total interesse em cooperar plenamente com a investigação e provar sua inocência“, mas que optou pelo silêncio devido à “falta de acesso a todos os elementos de prova”.

O ex-ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) detalhou que não falaria por não ter tido acesso à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, além de todos os materiais apreendidos.

O coronel Marcelo Câmara declarou que não falou por estar sem seu advogado, que estava acompanhando outro investigado, Tércio Arnaud. A defesa dele já solicitou um novo depoimento.

Confira quem ficou em silêncio:

  • Ailton Barros, ex-major do Exército
  • Almir Garnier: ex-comandante da Marinha
  • Amauri Saad, advogado
  • Angelo Denicoli, major da reserva do Exército
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
  • Jair Bolsonaro, ex-presidente
  • José Eduardo Silva, padre
  • Hélio Lima, tenente-coronel do Exército
  • Marcelo Câmara, coronel da reserva
  • Mario Fernandes, general da reserva
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
  • Rafael Martins, tenente-coronel
  • Ronald Ferreira, coronel do Exército
  • Tércio Arnaud, ex-assessor da Presidência
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa
  • Quem falou no depoimento:
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
  • Bernardo Romão Correa Neto, coronel
  • Carlos de Almeida Baptista Junior, ex-comandante da Aeronáutica
  • Cleverson Magalhães, coronel
  • Eder Balbino,sócio da empresa de tecnologia
  • Estevam Theophilo, general da reserva
  • Filipe Martins, ex-assessor da Presidência
  • Guilherme Almeida, coronel
  • Laércio Vergílio, general
  • Marco Antonio Freire Gomes, ex-comandante do Exército
  • Sergio Ricardo Cavaliere, tenente-coronel
  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL

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