Após 35 investidas contra bancos este ano, PM reforça atuação com bloqueios junto à agências

Polícia Civil também terá um delegado a mais para investigar esse tipo de crime que tem atuação de quadrilhas interestaduais

Ocorrências tiveram aumento de 192% entre janeiro e julho deste ano comparado a 2014 / JC Imagem

Ocorrências tiveram aumento de 192% entre janeiro e julho deste ano comparado a 2014

Um dia depois de o Estado registrar três investidas seguidas contra bancos, uma delas com quatro mortos, a Secretaria de Defesa Social (SDS) anunciou ontem, em coletiva à imprensa, que está reforçando ações para combater esse tipo de crime. A partir desta quinta-feira, corredores da Região Metropolitana com grande número de instituições financeiras passarão a ter bloqueios policiais, com três guarnições e três motocicletas em cada via e um novo delegado se somará aos dois já em atuação no Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri). As investigações indicam que há quadrilhas de outros Estados em atuação em Pernambuco.

Entre assaltos e tentativas de assaltos a agências já foram registradas 35 ocorrências de janeiro até o dia 4 deste mês, um aumento de 192% em relação ao mesmo período do ano passado, que teve 12 casos. O uso de explosivos em roubos e furtos a caixas eletrônicos teve crescimento de 125%, passando de 16 para 36. Já o roubos a outras instituições financeiras, como lotéricas, cresceu 29%, de 42 para 54 ocorrências de janeiro a julho.

O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, também cobrou mais atitude por parte das instituições financeiras. “Para tornar o ambiente mais seguro os bancos teriam que investir várias vezes o valor do prejuízo, então deixam para a segurança pública e se limitam a cumprir a lei”, declarou. “A questão dos vigilantes é algo a ser observado. Eles estão fornecendo armas para bandidos que muitas vezes entram na agência com arma de brinquedo e tomam as deles, que são orientados para não reagir. Mas se estão armados será que não há situações em que precisem reagir?”.

Carvalho citou ainda a Lei Federal nº 13.124, de 21 de maio deste ano, que divide a responsabilidade do Estado com a Polícia Federal em ocorrências com indícios de envolvimento de criminosos de outros Estados. “Isso facilita muito as investigações, pois a PF tem atuação em todo o país, até a troca de informações é mais rápida”, observou.

Os chefes das polícias civil e militar apresentaram várias ocorrências de prisões a assaltantes de banco, totalizando 30 presos pela PM e 12 pela civil, este ano. “Circuitos internos nos ajudam muito a identificar os criminosos e alguns são responsáveis por várias investidas”, disse o chefe da Polícia Civil, Antônio Barros.

O comandante da PM, coronel Pereira Neto, afirmou que nos bloqueios as abordagens darão prioridade a motociclistas e serão feitas em locais com mais facilidade de evasão e nos horários de maior ocorrência. Não foi informado nenhum reforço para as áreas de divisa do Estado, apontadas pelo secretário como preferidas para uso de explosivos por terem efetivo reduzido de policiais.

Fonte: JC

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