Após criticar PEC da Previdência, PSB abre consulta sobre reforma

Foto: EBC
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Após críticas recentes de deputados do PSB à reforma da Previdência, o partido abriu nesta terça-feira (14) uma consulta aos filiados, que poderão opinar por e-mail sobre a proposta do governo Michel Temer (PMDB). A partir da quinta-feira (16), será aberta a participação de internautas através das redes sociais da legenda. Segundo a Executiva Nacional, a decisão final do PSB sobre a indicação de votos em relação ao projeto será tomada a partir disso.

Porém, parlamentares já têm se mostrado insatisfeitos com a reforma e a tramitação dela na Câmara. Um dos que fazem críticas mais incisivas é o pernambucano Danilo Cabral. Para ele, a proposta tem andado de forma atropelada na Câmara, o que já havia considerado quando a emenda sobre o teto de gastos passou pela Casa. “Nesse ponto estou vendo pela primeira vez o partido, se não for unânime contra, a maioria esmagadora é contra. Há um consenso de que o projeto precisa ser mexido, inclusive de quem é do governo. Não dá para a conta do rombo da Previdência ser paga pela classe trabalhadora”, afirmou em entrevista ao Blog de Jamildo no mês passado.

O PSB quer discutir principalmente, de acordo com o deputado Danilo Forte (PSB-CE), a manutenção das regras atuais para aposentadoria de trabalhadores rurais e a diminuição do tempo de contribuição para aposentadoria integral. “Essa crueldade que se faz com os mais pobres é que nós estamos, absolutamente, em desacordo”, disse o presidente do partido, Carlos Siqueira, em debate online sobre a reforma da Previdência nessa segunda-feira (13).

Siqueira disse concordar com a necessidade de aperfeiçoar o sistema, considerando a questão demográfica, para garantir a cobertura às próximas gerações. Porém, considera “inaceitável” a proposta de Temer. “Sempre torci para que este governo desse certo, porque quero que o país saia da crise. Mas é inaceitável que se desfigure uma conquista social tão relevante, que criou direitos importantíssimos”, afirmou. O PSB tem um ministério no governo, o de Minas e Energia, com Fernando Filho. Outros partidos da base também querem apresentar emendas mudando a proposta.

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