Bahia tem a segunda maior taxa de desocupação entre as mulheres no país

O estado da Bahia tem a segunda maior taxa de desocupação entre as mulheres segundo os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta terça-feira (7), no mês da mulher.

Segundo o estudo, entre os estados brasileiros, a Bahia tem a segunda maior taxa de desocupação entre as mulheres, perdendo apenas para o Amapá (19,8%). Já Salvador é a terceira capital com maior taxa de desocupação feminina, atrás de Manaus (21,4%) e Macapá (21,0%).

As mulheres historicamente têm taxas de desocupação maiores que as dos homens, e com baianas e soteropolitanas não é exceção. Em 2014, as taxas de desocupação delas eram de 12,2% no estado e de 14,2% na capital, enquanto as dos homens eram 8,8% e 11,5%, respectivamente.

Quando se considera o período 2014-2016, a taxa, em média, aumentou para todos, mas teve um aumento um pouco mais intenso entre as mulheres, chegando, no ano passado, a 18,7% para as baianas e 19,1% para as soteropolitanas.

Crise no mercado de trabalho – A Bahia tinha, em 2016, por volta de 6,4 milhões de mulheres em idade de trabalhar (14 anos ou mais de idade), que representavam pouco mais da metade da população nessa faixa etária (52,6%). Em Salvador, estavam cerca de 1,4 milhão dessas mulheres, que representavam 55,5% dos moradores da capital baiana em idade de trabalhar.

Espelhando a situação nacional, embora sejam maioria na população, as mulheres baianas e soteropolitanas são minoria entre as pessoas ocupadas (42% na Bahia e 49% em Salvador). Já entre os desocupados, elas são mais representativas, praticamente repetindo as participações que têm na população em geral. Além disso, são 2 de cada 3 inativos (pessoas que não trabalham nem estão procurando trabalho), tanto na Bahia quanto em Salvador.

Em situação de relativa desvantagem profissional, as mulheres ainda foram mais afetadas pela crise no mercado de trabalho, segundo os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua trimestral, do IBGE, sobretudo no que diz respeito à perda de postos de trabalho e aumento da desocupação. Esses efeitos começam a ser sentidos em 2014, mas se intensificam a partir de 2015.

Por outro lado, a crise não prejudicou mais a remuneração das mulheres do que a dos homens. Tanto na Bahia quanto no município de Salvador, as perdas foram mais ou menos equivalentes entre 2015 e 2016, levemente superiores para os homens, o que teve como “efeito colateral” uma pequena redução da desigualdade de rendimentos por gênero.

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