Bateu desespero: Palácio pede ajuda de Eriberto Medeiros para salvar eleição de Raul Henry e Renildo Calheiros

Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem

Informações extra-oficiais dão conta que o Palácio do Campo das Princesas está trabalhando para tentar salvar a eleição dos aliados da Frente Popular Raul Henry (MDB) e Renildo Calheiros (PC do B). O vice-governador do Estado é aliado de Jarbas Vasconcelos, escolhido candidato ao Senado, e o ex-prefeito Renildo Calheiros é aliado da candidata a vice da chapa, Luciana Santos. Por razões diversas, os dois estariam com dificuldades nestas e receosos de não atingirem quantidade de votos necessária para voltarem à Câmara dos Deputados.

Paulo Câmara e seu entorno se sente devedor dos dois aliados. No caso de Raul Henry, ele peitou o senador FBC e manteve o MDB na órbita da Frente Popular. Já o ex-prefeito de Olinda passou mais de 15 dias em Brasília costurando o acordo entre o PC do B, o PT e o PSB, que deu aos aliados locais o direito de usar a franquia Lula.

Neste contexto, aliados socialistas contam que o Palácio sugeriu ao presidente da Alepe, Eriberto Medeiros, do PP, que abrisse mão de disputar um mandato federal nestas eleições, de modo a dividir as bases com os dois aliados da Frente Popular em dificuldade.

Eriberto Medeiros, assim sairia, neste acordo, como candidato a deputado estadual.

Um dos precedentes desta estratégia ocorreu no começo do mês, quando o filho do deputado Tony Gel foi obrigado a abrir mão da disputa federal para ajudar Raul Henry na região do Agreste.

De acordo com informações de bastidores, o presidente do PP, Eduardo da Fonte, aceita a composição.

Entretanto, a movimentação em favor de Henry e Calheiros pode não ficar de pé por outros fatores.

“Se aceitar, Eriberto Medeiros vai se desmoralizar na casa, com os colegas. O argumento para que ele pudesse ser presidente de consenso e não tivesse bate chapa na eleição da mesa diretora foi justamente a condição de que ele saísse para deputado Federal. Depois, tem a questão eleitoral. A lei eleitoral não permite, depois do registro. Ou ele desiste ou é substituído”, observa uma fonte do blog com acesso às negociações.

O que Eriberto Medeiros ganharia com a aceitação da troca de federal para estadual?

De acordo com essas informações de bastidores, o forma de contrapartida seria a promessa de que ele teria apoio irrestrito do Palácio, para ser reeleito presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alepe) no próximo biênio. Hoje o mandato é tampão, depois da morte do ex-presidente Guilherme Uchoa.

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