Brasileiros comem mal, aponta pesquisa

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RogerFoto: Arte Roger

Cuidar da saúde não tem sido tarefa das mais fáceis. É em meio ao agito do dia a dia que tamanho descontrole começa na mesa, quando muita gente mal sabe o que está consumindo de fato. Desses brasileiros desatentos ao cardápio, mais de 80% não conseguem manter uma alimentação regrada, segundo pesquisa recente realizada pelo Ibope Conecta. É tanta coisa para administrar em uma agenda corrida, que a justificativa acaba sendo a praticidade de se consumir, constantemente, alimentos prontos e industrializados.

O curioso nesse levantamento é que, apesar de um índice tão alto não ligar para uma refeição adequada, 95% dos entrevistados se disseram dispostos a mudar pequenos hábitos em sua rotina, no entanto, 1/3 acha difícil conseguir alcançar essa meta. Ainda de acordo com os resultados, dois em cada três brasileiros afirmam ter dias agitados ou desregrados. Quando questionados sobre como é a sua alimentação nestes dias, 77% dizem que buscam alimentos rápidos e práticos, destes 44% consomem o que estiver disponível e apenas 33% afirmam se preocupar em comer frutas, verduras e legumes.

“Ao procurarem alimentos rápidos, as pessoas nem sempre escolhem de forma correta o que vão comer. Um exemplo disso é quando chegam a um restaurante e pedem o que já está pronto e disponível no balcão, como um salgado, achando que esta é a opção mais rápida. Se elas gastarem um minuto a mais para olhar o cardápio, verão que há opções mais saudáveis que também podem ser rápidas”, explica a nutricionista Andrea Forlenza, que auxiliou na produção da pesquisa, feita ainda em parceria com a Centrum Vitamin. Os resultados, segundo ela, mostram que a alimentação não é mesmo prioridade, uma vez que há tanta informação sobre o assunto, e isso dá uma noção clara de que, mesmo diante de um resultado tão crítico, o brasileiro sabe que precisa mudar seus hábitos. Para ela, os grandes obstáculos para mudar de vida são as metas inatingíveis. “É comum os pacientes chegarem para a consulta com ideias radicais de mudanças na alimentação ou prática de exercícios que não são reais e, quando percebem que não irão cumpri-las, acabam se frustrando e desistindo”, diz Andrea.

Novos hábitos
Não adianta jogar a culpa no tempo apertado e deixar a saúde escanteada em segundo plano. Até, porque, a tendência é que mais atividades disputem aqueles momentos preciosos de calma sobre a mesa, concorda? Nesse caminho mais consciente, as mulheres aparecem um passo a frente, segundo a pesquisa, por terem hábitos nutricionais mais saudáveis no dia a dia.

“Se a alimentação é corrida, escolha uma refeição do dia para ser feita de maneira adequada. Pode ser café da manhã, almoço ou jantar. E essa escolha é para você se comportar de maneira consciente, sem atrapalhos com o celular ou escolha de comidas industrializadas. Pense nas trocas saudáveis e naturais”, orienta Andrea Forlenza. Em tempo, a pesquisa contemplou mil entrevistas, realizadas pela internet com homens e mulheres, com idade entre 25 e 50 anos, das classes A e B, em todo o País. A margem de erro é de quatro pontos percentuais com 95% de confiança.

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