Cada qual tomará seu rumo em 2018

Ao declarar que considera “difícil” uma aliança do PSB com o PT em torno da candidatura de Lula a presidente da República, o governador Paulo Câmara sinalizou concretamente que seu partido perdeu o interesse por uma composição com o líder petista. O acordo chegou a ser ventilado pelo próprio Lula e se daria nas seguintes bases: ele (Lula) apoiaria a reeleição do atual governador e teria o apoio do PSB à sucessão do presidente Temer. Só que, para levar ainda esse entendimento, muitos obstáculos teriam que ser superados.

O PSB de São Paulo, por exemplo, que vai governar aquele Estado a partir de abril, é um aliado histórico do PSDB e quer distância do Partido dos Trabalhadores. Por outro lado, a maioria dos diretórios regionais do PT não quer negócio com o PSB porque esse partido, chamado de “golpista”, apoiou o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Em razão disso, o senador Humberto Costa, que está apostando nesta aliança para ver se garante a reeleição, está correndo o sério risco de ficar com o pincel na mão. Se o PSB em dado momento externou interesse por uma aliança com o PT, do olho na popularidade de Lula, já se desinteressou por esse entendimento.

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