Caso Binho Galinha: tenente-coronel Lobão fala em “perseguição”

Exonerado, o oficial da Polícia Militar da Bahia falou com Portal A TARDE

Por: Leo Moreira

Tenente-coronel Lobão exonerado de cargo após ser citado em caso Binho Galinha
Tenente-coronel Lobão exonerado de cargo após ser citado em caso Binho Galinha – 

O tenente-coronel José Hildon Brandão Lobão, exonerado do cargo de Coordenador do Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da Polícia Milita da Bahia, após ter seu nome citado nas investigações que apuram a participação do deputado estadual Binho Galinha (PRD), em atividades criminosas ligadas a uma milícia em Feira de Santana, disse ser alvo de “perseguição” e salientou que a única relação com o investigado na operação “El Patron” foi a compra de um terreno na cidade.

“Já demonstrei essa perseguição que está sendo feita contra mim. Eu comprar um terreno num processo de compra e venda, de um ato comercial líquido, certo e perfeito. O terreno já existia no mundo jurídico, tá ok? E eu passei para meu nome, aí pega o meu nome e fazer isso?”, questiona em uma breve conversa ao Portal A TARDE.

O oficial PMBA ressaltou que foi pego de surpresa durante o curso das investigações, quando, na ocasião, seu imóvel foi alvo de mandados de buscas.

“Eu não fui nem ouvido. Eu não sabia nem que tinha essa investigação. No dia 9, terça-feira agora, fez dez dias, minha mulher me liga dizendo que a Federal estava dentro de minha casa. Foi aí que eu fui saber o que estava acontecendo. Porque tudo foi legal, então eu estava tão despreocupado. Eu não estou vendo a bomba pipocar do outro lado de lá, mas comprei um terreno, paguei, o terreno está certo, a coisa foi justa, líquida, legal e certa, acabou”.

Ele ainda questiona a motivação para o cumprimento do mandado. “Se você ler a solicitação para a busca de apreensão, está escrito, que eu sou um tenente-coronel experiente, que eu deveria saber que o deputado viu sonego imposto e que oculta bens. Como eu vou saber? “

Apesar de ter sido um dos investigados na operação, Lobão não estar entre os denunciados pelo Ministério Público da Bahia, em dezembro do ano passado. Na ocasião, três policiais foram presos: Jackson Júnior, Roque Carvalho e Josenilson Conceição.

Ao todo, foram 14 denunciados: Kléber Cristian Escolano de Almeida (Binho Galinha), Thierre Figueiredo Silva, Nilma Carvalho Pereira, Ruan Pablo Pereira Carvalho, Alexandre Pereira dos Santos, Washington Martins Silva, Mayana Cerqueira da Silva, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, Jorge Vinícius de Souza Santana Piano, Jackson Macedo Araújo Júnior, Vagney dos Santos Aquino, Josenilson Souza da Conceição, Roque de Jesus Carvalho, Bruno Borges França e Kleber Herculano de Jesus.

Lobão ainda ressaltou o tratamento diferenciado para com outros policiais citados no processo. “Você vê que nenhum dos que estão verdadeiramente envolvidos, que inclusive estão presos em presídio de segurança máxima, teve sua foto e nome revelado. Então, deixe afastar, deixe exonerar quando a verdade for restabelecida. Aí a diferença vai ser muito grande”.

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