Ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes assina nesta quarta-feira (16) em Brasília a ficha de filiação ao PDT com o objetivo de fazer o novo partido crescer rumo a um projeto presidencial em 2018. Ele e o irmão Cid Gomes -também ex-governador do Ceará- articulam a filiação de pelo menos dez deputados federais ao PDT, sendo quatro deles da bancada cearense e o restante de outros Estados, sobretudo do Nordeste.

O plano conta com a bênção do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e visa encorpar a bancada federal do partido -atualmente com apenas 19 deputados- dar mais tempo de TV à sigla e verbas do fundo partidário.

“Temos a expectativa de fazer o partido crescer. Com a chegada do Ciro, vamos deixar claro para o mundo político que estamos articulando um projeto nacional para 2018″, afirma Carlos Lupi.

Segundo o pedetista, a candidatura própria do partido à Presidência é uma decisão tomada, independentemente do nome a ser escolhido. Além de Ciro, Cid e o senador Cristóvão Buarque são citados como possíveis candidatos.

A aliados, Ciro tem afirmado que analisa “com carinho” a possibilidade de disputar o Planalto pela terceira vez. Procurado, Ciro não falou sobre o assunto.

Além de Ciro, também vão se filiar ao PDT Cid, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, ambos ainda vindos Pros.
A filiação está marcada para o dia 28 de setembro, numa cerimônia em Fortaleza. Ainda é esperada a adesão ao PDT de dez deputados estaduais e 70 prefeitos de cidades cearenses.

Sem ministério

A chegada dos irmãos Ferreira Gomes ao PDT acontecerá num momento em que o partido está prestes a sair do Ministério do Trabalho, ocupada por Manoel Dias. Isso deve ocorrer com a provável fusão entre os ministérios da Previdência e do Trabalho.

“Esta fusão é mais do que natural. E acho até legítimo sairmos do primeiro time do governo, já que temos um projeto presidencial”, diz Lupi.

Segundo ele, contudo, a saída do PDT do ministério não significa que o partido deixará a base aliada, nem que a sigla irá entregar cargos no segundo e terceiro escalão.

Fonte: Folhapress