Com vantagem rubro-negra, Sport e Náutico decidem título do Estadual, na Arena de Pernambuco

Nos Aflitos, Leão derrotou o Timbu por 2×0, e pode perder até por um gol de diferença para ficar com a taça

Final colocará frente a frente Mariano Soso e Mazola Júnior
Final colocará frente a frente Mariano Soso e Mazola Júnior – Foto: Paulo Paiva/SCR e Gabriel França/CNC
Tem o das Emoções, o das Multidões. Já teve o da Amizade, dos Campeões e o da Técnica e Disciplina. E tem um que é, ao menos na nomenclatura e no pleonasmo um tanto quanto romantizado, o somatório de todos. O Clássicodos Clássicos. O terceiro mais antigo do Brasil, iniciado em 1909, no campo do British Club. No duelo deste sábado (6), na Arena de Pernambuco, o que está em jogo é o título do Campeonato Pernambucano 2024. Pelo contexto, pode se tornar “a final das finais” para o Náutico. Ou, para o Sport, ratificar a hegemonia de ser o “campeão dos campeões” no Estado.

A vantagem, na teoria, é toda do Sport. Jogará com torcida única, com apoio de mais de 45 mil rubro-negros. Venceu o duelo de ida por 2×0, nos Aflitos, e pode perder por até um gol de diferença que ainda assim será campeão. Tem o time de melhor nível técnico, construído em cima de um orçamento mais robusto, e vive situação mais confortável no cenário nacional. Não precisou trocar de técnico às vésperas da decisão. Então, em que o Náutico pode se apegar? Precisa de motivação extra?

“Cobrar motivação? Náutico paga em dia, com uma baita condição de trabalho, cidade e prêmio legal. Jogador ainda precisa de motivação? O Náutico é um time grande, está na Série C de passagem. O que será feito é algo normal, com a injeção de ânimo e vontade que a final exige. Terão 45 mil contra. Quer mais motivação do que isso?”, frisou o técnico Mazola. O ex-comandante rubro-negro estreará no Timbu justamente diante do Leão, com a fome de pegar “o que foi tirado dele”, em alusão à perda do Estadual em 2012, para o Santa Cruz.

Sem adiantar novidades na escalação, o certo é que o Náutico terá o retorno de Paulo Sérgio, que cumpriu suspensão automática no jogo de ida. O Timbu nunca venceu o Sport por dois gols de diferença em um segundo jogo de final estadual. O caso recente mais semelhante foi perante o Santa Cruz, em 2004, ao derrotar o Tricolor por 3×0, no Arruda.

Pés no chão

Do lado rubro-negro, apesar de toda vantagem construída na casa do rival e de nunca ter perdido o título depois de largar na frente no jogo de ida neste século, o lema tem sido evitar qualquer tipo de ‘oba-oba’ para não dar margens para o incomum, em São Lourenço da Mata. “É uma decisão. Temos uma vantagem, mas não estamos pensando nela. Sabemos o quão difícil vai ser, assim como no primeiro jogo. A equipe deles tem o nosso respeito. Temos trabalhado com humildade, simplicidade e, principalmente, pés no chão para fazer um grande jogo”, enfatizou o meia Lucas Lima.

Na partida que pode dar o primeiro título no futebol brasileiro ao técnico Mariano Soso, o treinador argentino tem uma dúvida específica para escalar o time. Ausente no jogo de ida da decisão por conta de um desconforto na coxa direita, o lateral-esquerdo Felipinho deu ênfase ao tratamento no local durante a semana e foi relacionado. Recuperado de lesão no quadril, Fabinho volta a ser relacionado.

Ficha técnica

Sport
Caíque França; Pedro Lima, Rafael Thyere, Luciano Castán e Riquelme (Felipinho); Felipe, Alan Ruiz e Lucas Lima; Barletta (Fabricio Domínguez), Romarinho e Gustavo Coutinho. Técnico Mariano Soso.

Náutico
Vagner; Arnaldo, Guilherme Matos, Rafael Vaz e Diego Matos; Marco Antônio, Marcos Júnior e Patrick Allan; Barcia, Thalisisnho e Paulo Sérgio. Técnico: Mazola Júnior

Local: Arena de Pernambuco (São Lourenço da Mata/PE)
Horário: 16h30
Árbitro: Rodrigo Pereira (FIFA)
Assistentes: Francisco Chaves e Karla Santana.
VAR: Gilberto Castro Júnior
Transmissão: TV Globo.

 

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