Depois de 10 dias sobe para 16 o número de PMs afastados por ação violenta em protesto no Recife

Aumentou para 16 o número de policiais militares afastados das atividades após a ação violenta durante um protesto contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no Centro do Recife, no dia 29 de maio. A informação foi divulgada pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), na noite desta segunda-feira (7), em entrevista coletiva.

“Já temos 16 policiais afastados. Doze já foram ouvidos. Durante toda essa semana diversos outros depoimentos estão programados, tanto na Corregedoria (da SDS), como no âmbito das outras investigações, que fazem parte do inquérito policial e inquérito policial militar”, afirmou o novo secretário de Defesa Social, Humberto Freire. Dos dezesseis, três são oficiais da PM e 13 são praças.

Sobre as perícias do caso, Freire afirmou que nenhuma foi solicitada pela Corregedoria. Mas poderá ser no âmbito da investigação criminal da Polícia Civil. Ele lembrou, no entanto, que se tratam de inquéritos que estão sob sigilo.

Sobre o tiro que atingiu o olho de Jonas Correia de França, que passava de bicicleta no momento da ação da PM, o secretário declarou que “há protocolos rígidos e aquela ação está sendo apurada, pois foi um fato lamentável e que teve consequências gravíssimas.

“A princípio, o que parece é que o protocolo estabelecido para esse tipo de ação não foi respeitado. Mas isso tem que ser revelado não por achismo, não por acredito. Tem que ser revelado com provas e colocado em investigações.”

“A ordem para atirar não aconteceu. A ordem, ou as ordens que se sucederam, foi de reforço no policiamento e de emprego daquele planejamento daquele efetivo”, alegou Humberto Freire.

“O efetivo do Batalhão de Choque, pré-posicionado, ele tem como ser empregado ou por uma determinação expressa, que neste caso não foi emitida, ou por um fato que desencadeia a ação de dispersão. Que neste caso foi a prisão e o deslocamento de uma parte dos manifestantes em direção à linha.”

Questionado se o PM atirou por conta própria, Freire argumentou que “havendo o critério emergencial de ação, ele tem essa liberalidade para que desencadeie a ação. E foi isso que aconteceu naquele dia”.

Fonte: JC Online

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