Embora pertença a um partido da base governista, que é o PTB, que indicou o deputado Ronaldo Nogueira para o Ministério do Trabalho, o deputado Zeca Cavalcanti (PTB) disse em Arcoverde neste final de semana que não tem condições de votar a favor das reformas trabalhista e previdenciária, pelo menos da forma que o presidente da República as encaminhou ao Congresso.
Não é esta a posição do seu líder político em Pernambuco, senador Armando Monteiro (PTB), que é totalmente favorável às duas reformas, especialmente à trabalhista, que prevê a “terceirização” para todas as categorias de trabalhadores e não apenas para os prestadores de serviço nas áreas de conservação, limpeza e segurança.
Sobre a reforma trabalhista, o ex-prefeito de Arcoverde esclareceu que alguns órgãos de imprensa confundiram recente matéria em que destacou o papel que ele exercia na Comissão Especial da Câmara que deu parecer sobre a matéria.
Ele garantiu que em nenhum momento ficará contra os direitos dos trabalhadores, embora reconheça a necessidade de se modernizar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) “para que se possa gerar mais empregos e maior segurança para os trabalhadores”.
“Pregamos o debate para que trabalhadores, empresários e governo cheguem a um denominador comum. O povo de Arcoverde me conhece e sabe que em nenhum momento nós iríamos de encontro aos direitos sagrados dos trabalhadores, os quais defendemos, e por isso somos contra a forma como a reforma vem sendo colocada”, disse Zeca Cavalcanti.
Sobre a reforma da Previdência, que prevê idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem, o deputado disse que não concorda com essa regra e por isso votará contra.
“A Previdência enfrenta déficits crescentes e precisa passar por mudanças, mas não podemos aceitar que essas mudanças recaiam exatamente sobre os trabalhadores da cidade e do campo, tal qual está previsto no projeto enviado pelo governo ao Congresso. Da forma como está, somos totalmente contra”, garantiu.