Após sete anos do afastamento da Presidência, a ex-presidente Dilma Rousseff voltará a ocupar um cargo público nesta sexta-feira, 24. Dilma será eleita para chefiar o Novo Banco do Desenvolvimento (NDB), instituição financeira criada em 2014 pelos Brics- bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ela vai tomar posse na próxima quarta-feira, 29, e deve receber salário mensal médio de cerca de R$ 220 mil.

O processo conta com a participação do conselho de governadores do banco, formado pelos ministros da Fazenda dos países fundadores, mais os representantes dos quatro novos integrantes (Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai). O núcleo se reúne por meio de videoconferência e vota a indicação de Dilma em uma reunião interna. A ex-presidente foi entrevistada pelas autoridades estrangeiras ao longo do mês, após o NDB comunicar o início da troca de comando.

Distante de cargos políticos, Dilma passou a participar apenas de palestras, debates e discussões acadêmicas e partidárias. Ela esteve na campanha presidencial e na transição do governo federal.

A ex-presidente foi retirada do poder após um processo de impeachment encerrado em 2016. O caso foi marcado por polêmicas e divergências de opiniões no Parlamento e na sociedade. Na época, Dilma foi acusada de ter cometido crime de responsabilidade pela prática das chamadas “pedaladas fiscais” e pela edição de decretos de abertura de crédito sem a autorização do Congresso. Após a conclusão do caso, ela foi cassada, mas não perdeu os direitos políticos.