Dino propõe aliança de Lula com forças de centro para derrotar o bolsonarismo

Governador do Maranhão, que já declarou apoio a Lula, defende uma frente mais ampla para elegê-lo presidente pela terceira vez em 2022

Flávio Dino votando com camiseta Lula Livre; Reprodução/Twitter
Flávio Dino votando com camiseta Lula Livre; Reprodução/Twitter

O governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, defende que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já tem seu apoio para ser presidente pela terceira vez em 2022, construa uma frente que vá além das forças de esquerda. “O centro democrático precisa estar junto para vencer a eleição. Se não der no primeiro turno, que seja no segundo”, disse ele, em entrevista à jornalista Adriana Ferraz.

“Não vejo Lula como um obstáculo para isso. Em primeiro lugar, porque ele já fez isso em 2002, quando se elegeu presidente com o José Alencar de vice, um empresário liberal que representava um sindicato patronal. E, segundo, porque já mostrou estar disposto a construir um projeto de nação que olhe para o futuro mais do que para o passado”, prosseguiu Dino.

O governador lembra que até mesmo o PSDB pode vir a apoiar o ex-presidente. “Já houve essa união antes. Em 1989, Mário Covas (ex-governador tucano) apoiou Lula contra Collor. Depois disso veio a polarização entre PT e PSDB, e essa aliança não foi mais possível. Já em 2018, ela deveria ter ocorrido em torno do nome de Fernando Haddad. Não ocorreu, e temos hoje a tragédia que é o governo Bolsonaro. Agora, nesta eleição, é o bolsonarismo que deve ser batido. Nós temos de nos unir por esse objetivo e acredito que, aos poucos, estamos cicatrizando as feridas de 2018”, disse ele.

Dino, no entanto, afirma que não há espaço para o ex-juiz de Curitiba. “Não tem ambiente para Moro na política. Ele é uma unanimidade negativa, não conheço mais de dez políticos que o apoiem para ser candidato. Nem sei se ele teria uma legenda para se lançar”, afirma. Dino também propõe que Ciro Gomes se reaproxime de Lula. “Eu insisto que é errado excluir o PDT e uma liderança como Ciro Gomes desse processo. Até porque não o vejo como o candidato desse centro, como o candidato da Faria Lima. O ideal seria buscarmos uma aliança já no primeiro turno. Ciro já foi ministro de Lula, eu não fui. Não é possível que desse casamento só sobraram mágoas, tem que ter algum vestígio de amor ali”, afirma.

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