Discurso sobre revisão do pacto federativo é alvo de disputa

Foto: Ivaldo Regis/Divulgação
Foto: Ivaldo Regis/Divulgação

 

Durante a 73ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o prefeito Geraldo Julio (PSB) voltou a defender a revisão do pacto federativo, bandeira encampada pelo ex-governador Eduardo Campos na sua campanha presidencial nas eleições de 2014. O discurso também é utilizado pelo antigo socialista e hoje rival político o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB).

“Hoje os recursos ficam concentrados em Brasília, há 30 anos, quando a constituição estabeleceu a divisão da arrecadação tributária, a União repassava 3 de cada 4 reais que arrecadava para compartilhar com Estados e Municípios e hoje esse recurso foi dividido pela metade. A gente sabe que a participação no SUS vem sendo reduzida ano a ano, na educação básica também vem sendo reduzida, e cada vez mais as demandas aumentam no municípios”, disse o prefeito.

Em pronunciamento nessa terça-feira (8) no Senado, FBC foi na mesma linha do antigo aliado de que “é preciso um mínimo de solidariedade federativa”. No mesmo dia, Geraldo Julio esteve presente no encontro, em Niterói, no Rio de Janeiro, entre governantes municipais com 11 pré-candidatos à Presidência da República.

Na reunião, foi finalizado e apresentado um documento elaborado pelos prefeitos, que apresenta demandas dos municípios brasileiros, principalmente sobre os temas de saúde, educação, segurança, emprego, saneamento e a propria revisão do pacto federativo.

“Tivemos somente estes últimos anos no Recife uma entrada de 100 mil pessoas a mais no SUS migrando, nas nossas escolas mais de 10 mil alunos, então uma demanda maior de prestação de serviços e menos recursos a disposição dos municípios, então isso tem que ser parte do debate presidencial deste ano”, disse o prefeito.

Participação dos presidenciáveis

Todos os partidos com mais de cinco parlamentares no Congresso Nacional foram convidados à enviar seus pré-candidatos à Presidência da República. Participaram Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D’Ávila (PCdoB), Geraldo Alckmin (PSDB), Rodrigo Maia (DEM), Guilherme Afif Domingos (PSD), Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Aldo Rebelo (SD), Paulo Rabello (PSC), Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB).

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