Dia da Pátria virou “protestódromo”

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O dia da independência do Brasil nunca foi e jamais será comemorado como se comemora nos Estados Unidos ou na Argentina, por exemplo, países que se tornaram livres mediante guerra e derramamento de sangue. Aqui, diferentemente do que ocorre naqueles dois países irmãos, o 7 de setembro é um dia como outro qualquer. É um feriado de faz de conta em que o comércio funciona normalmente e ninguém se veste de verde e amarelo para festejar a data.

Além desse desprestígio histórico, dado que o “herói” da independência não foi um brasileiro e sim um português, Dom Pedro I, filho da rainha de Portugal, D. Maria I, que determinou a execução de Tiradentes, o 7 de setembro, de 20 anos para cá, passou a ser também o dia do “Grito dos excluídos”. Por isso, uma simples reflexão histórica do tipo “de onde o Brasil veio, o que representa hoje e aonde deseja chegar” sequer é feita pela maioria de nossas escolas.

Durante o regime militar ainda se via no ensino médio “Moral e Civismo” e, nas universidades, “Estudo de Problemas Brasileiros”. Era um esforço do governo para se incutir na juventude noções de pátria e civismo, mesmo ela estando garroteada pelo decreto-lei 477, que a impedia de se manifestar contra o regime. Hoje, o 7 de setembro virou apenas um “protestódromo”. (Inaldo Sampaio)

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