Em Goiana (PE), alegando caos financeiro, prefeito decreta estado de emergência

Foto: Sérgio Bernardo/JC ImagemData: 17.04.2015Assunto: Especial Fiat - Fábrica da Jeep (Fiat Chrysler Automobiles) em Goiana, Pernambuco. Centro Histórico da Cidade de Goiana, Igreja Matriz.Palavras-Chaves: - ##
Foto: Sérgio Bernardo/JC ImagemData: 17.04.2015Assunto: Especial Fiat – Fábrica da Jeep (Fiat Chrysler Automobiles) em Goiana, Pernambuco. Centro Histórico da Cidade de Goiana

 

O prefeito de Goiana, Osvaldo Rabelo Filho, do PMDB, acaba de decretar “estado de emergência administrativa” no município, localizado na Mata Norte de Pernambuco.

“Hoje nós temos um débito superior a 10 milhões só de salários e aposentadorias não pagas desde novembro”, afirmou o prefeito. Aposentados e pensionistas estão sem receber dinheiro há dois meses.

“Desde o ano passado a cidade vem enfrentando uma crise administrativa e financeira que inviabilizou a realização de serviços essenciais na saúde, na educação, na coleta de lixo e até o pagamento dos servidores”.

De acordo com o Procurador Geral do Município, Alcides de França, as informações repassadas pela equipe do prefeito anterior para a Comissão de Transição não foram suficientes para que a atual gestão tomasse conhecimento do tamanho do problema.

“Estamos descobrindo os rombos agora. E existem problemas em todas as áreas do município”, analisou.

O decreto vale, inicialmente, por 90 dias e pode ser prorrogado.

Durante esse prazo o município vai lançar editais de auditoria para análise de todos os débitos, e créditos a receber de terceiros, considerando que a administração anterior também não efetuou a cobrança relacionada aos tributos municipais.

De acordo com a nova gestão, não há nenhum processo de licitação em andamento deixado pela gestão passda que possibilite a prefeitura realizar a manutenção de equipamentos e obras nos prédios públicos.

“Na condição em que nós encontramos o município, sequer o gabinete do prefeito pôde ser devidamente instalado. Os contratos de prestação de serviços foram encerrados no dia 31 de dezembro, deixando a administração atual sem meios para prover a manutenção de veículos, uso da internet e outros serviços públicos”, disse o Procurador. (Jamildo Melo)

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