“Falta iniciativa”, diz subprocuradora mais votada do MPF sobre Aras

Luiza Frischeisen, a mais votada da lista tríplice, critica atual procurador e afirma que o Ministério Público Federal precisa se antecipar ao STF quando o assunto é suspeita de corrupção de agentes com foro privilegiado

A Associação Nacional dos Procuradores das República (ANPR) divulgou o resultado dos mais votados da listra tríplice e a mais votada foi Luiz Frischeisen, que obteve 647 votos na eleição.

Além dela, disputaram a vaga para ser o próximo procurador-geral Mario Bonsaglia, que teve 637 votos, e Nicolao Dino, que obteve 587 votos. O presidente da República não é obrigado a seguir a lista tríplice com os mais votados, porém, desde 2003 os ocupantes do Palácio do Planalto se pautam pela lista para a escolha do novo procurador.

Em entrevista ao UOL, Luiz Frischeisen ressalta o método e sua importância para manter a independência do cargo, mas, tece críticas ao atual procurador-geral da República, o que, pelo estilo do presidente Bolsonaro, que não gosta de críticas, dificilmente deve ter o seu nome chancelado pelo mandatário.

Ao analisar os escândalos envolvendo agentes do governo e, principalmente, o agora ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a mais votada da lista tríplice afirmou que falta a Aras iniciativa para investigar tais casos.

“Acho que falta uma proatividade. Às vezes, é importante er a iniciativa mesmo, na frente dos outros. Ele poderia ser mais proativo tanto na investigação criminal como na propositura de questões constitucionais. Essa atribuição exclusiva do PGR de investigar, não só presidente, mas todos que têm foro perante ao STF, tem que ser exercida com cautela e a cautela leva a fazer diligências e implementar determinadas investigações ainda mais nesse momento que o STF está mandando investigações, a posteriori, pro MPF. O MPF tem que se antecipar”, disse Luiza.

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