Forças de Segurança fazem operação na Favela Kelson’s, na Penha

Os militares na Favela Kelson's, na Penha
Os militares na Favela Kelson’s, na Penha Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Ana Carolina Torres e Rafael Nascimento

As Forças de Segurança fazem, na manhã desta terça-feira, uma operação na Favela Kelson’s, na Penha, Zona Norte do Rio. A ação visa a desobstrução de vias e combate ao crime organizado na comunidade. Equipes das Forças Armadas e das polícias Civil e Militar participam da operação. Ainda não há informações de prisões e apreensões.

A operação na Kelson’s é com base no Decreto Presidencial de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), assinado em 28 de julho de 2017, e foi planejada antes da intervenção federal na segurança do Rio, informou a Secretaria de Segurança do Rio.

Enquanto a ação ocorrer, ruas e acessos à Kelson’s podem ser interditadas, assim como pode haver restrições do espaço aéreo para aeronaves civis. Não há interferência nas operações dos aeroportos.

Representantes das forças mobilizadas na operação acompanham a movimentação das equipes no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, região central do Rio, desde as 5h.

Outros pontos da operação

Além da Favela Kelson’s, há militares no Arco Metropolitano e em rodovias que cortam o Rio. Outra frente de ação é nos acessos à Favela do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, e aos morros do Chapadão e da Pedreira, na Zona Norte do Rio.

— Trata-se, então, da maior operação já realizada pelas Forças Armadas, pelas forças de segurança integradas desde o início das operações em julho do ano passado. Em termos de ocupação de espaço, vem desde as divisas do estado até o interior da cidade do Rio de Janeiro e em três linhas de ocupação — disse o coronel Roberto Itamar, porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), em entrevista ao “Bom Dia Rio”.

Todas as ações são no contexto da GLO.

Tanque no acesso à comunidade

Um tanque da Marinha está posicionado em um dos acessos à Kelson’s. Os militares abordam moradores que deixam a comunidade e os revistam. A cena chama atenção de quem passa pelo local. Diversos veículos da Polícia Civil também estão no local.

Uma mulher, que estava com o filho de apenas um mês na porta de casa, contou que acordou com o barulho da movimentação das tropas de segurança.

— Não tenho muito medo. Mas isso tudo chama a atenção. Mas está calmo — disse ela, que não quis se identificar.

Sua vizinha e amiga fez coro:

— Não teve nada. Mas não vou mandar meu filho para a escola hoje, não. Na verdade, nem sei se haverá aula. Até porque as professoras não moram aqui. Se elas chegarem e verem isso tudo aqui, não vão querer entrar (na comunidade). Então, hoje ele fica comigo.

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