Jaques Wagner enaltece Lula e deixa Dilma de lado

Jaques Wagner
Jaques Wagner

Da Redação

Quem tem acompanhado os discursos do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), principalmente, em suas viagens pelo interior, intensificadas neste ano pré-eleitoral, percebe uma intenção exagerada do governador em reforçar para a população sua proximidade com o ex-presidente Lula. Por outro lado, a Presidente Dilma Rousseff tem sido deixada de lado pelo governador.

Wagner ilustra seus discursos, simples e bem-humorados, com ‘histórias’ e ensinamentos do ícone brasileiro de popularidade política, o ex-presidente Lula. Que embora esteja envolvido em alguns escândalos de corrupção tem grande prestígio popular, principalmente, com a população mais carente, em especial, o homem do campo, que Wagner tem encontrado no interior baiano.

“Na arte de governar e fazer política eu sou aluno do Mestre. De quem eu sou amigo há 35 anos, que pra mim é professor maior de política no Brasil, que é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, disse Wagner abrindo seu discurso em Casa Nova.

O que o governador relata são ensinamentos adquiridos com Lula, como da época em que foi Ministro do Trabalho. “Me lembro como se fosse hoje. Primeiro mês que eu era Ministro do Trabalho dele e ele colocou todos os ministros em um avião e fomos pro Piauí. Pra cidade mais pobre do país, naquela época. Saímos andando no meio da cidade. Tudo casa de barro, esgoto a céu aberto, tudo simples. O povo sem emprego. Um calor ‘retado’, ministro suando igual cuscuz. Andamos umas quatro horas, conversando com o povo. Voltamos para o aeroporto, entramos no avião e ele disse ‘Quando vocês estiverem no bem-bom do gabinete, no ar condicionado, lembre que quem botou vocês no Ministério fui eu, e quem me botou aqui foi aquele povo simples”, conta Wagner ganhando a comoção de seus interlocutores.

Por outro lado, Dilma raramente é lembrada pelo governador da Bahia. Pelo menos não quando o assunto é a construção de uma figura carismática e popular. Tudo o que a Presidenta não é. Wagner que assim como Dilma não tem muito prestígio com o eleitorado prefere se ‘agarrar’ à imagem do ex-presidente, bem como têm feito muitos outros ‘companheiros’.

 

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