Juazeiro, a terra sem lei

Da Redação

Quem diria que o município chegasse ao extremo dos seguidos roubos em residências, assaltos a carros, arrombamentos em residências e automóveis, e ainda para complicar, os homicídios praticados por pistoleiros andando de motos.

Infelizmente esse é o triste quadro atual do município. Em plena luz do dia, o trabalhador não pode deixar o seu veiculo na porta em horário de almoço porque é arrombado. Foi o que aconteceu com o proprietário do veiculo parati, placa CLC 7273 quando arrombaram e levaram o macaco e documentos. No dia anterior, no bairro em que reside, Parque Centenário, uma residência foi arrombada e levaram tudo. No mesmo dia, três pessoas foram assaltadas, levaram celulares, documentos e dinheiro.

Há duas semanas, no bairro Novo Encontro, dois pistoleiros assassinaram um rapaz na porta de sua residência. Minutos depois, dois meliantes, roubaram um casal de velhinhos quando saia das residência da vitima. No bairro vizinho. Alto do Cruzeiro, duas pessoas foram assassinadas na semana passada por dois ‘motoqueiros’. Até o momento ninguém foi preso ou identificado.

No Salitre, a bandidagem rola solta há muito tempo. Passageiros de veículos de lotações, veículos transportando mercadorias, aposentados e pensionistas, produtores são assaltados no meio da estrada. “A coisa aqui só foi tranquila na época do ex-delegado Charles Leão, porque bandido naquela época tinha medo de receber chumbo grosso. Eles não podiam ouvir e nem verem uma viatura da policia que saiam correndo para o meio da caatinga; o povo daqui dormia tranqüilo, hoje a situação é de terror, a pessoa dorme e não sabe se acorda porque os bandidos estão invadindo as casas – mesmo que seja dentro das roças – e metem o cano na cabeça com a pessoa dormindo”, relata a agricultora Tereza Cristina da Fazenda Alegre.

No centro da cidade à noite, estacionar o veículo (carro ou moto) significa correr sério risco de encontrar o local mais limpo quando a pessoa retorna. Do ano passado para cá foram vários os carros e motos roubados. “Quando a coisa se torna fácil para o bandido, é melhor aguardar a pessoa retornar, toma o dinheiro e seus pertences e vai embora como se nada estivesse acontecendo. Em quase todas as cidades desse porte existe câmeras para monitorar o que está acontecendo, mas como Juazeiro virou uma terra sem lei e do medo, a sociedade está refém dos bandidos. Agora quando se trata de carnaval, é polícia para todos os lados”, desabafa um dos comerciantes que teve seu estabelecimento arrombado durante o feriadão no centro da cidade.

“Aqui no Parque Centenário e Novo Encontro os roubos estão acontecendo a qualquer hora do dia, ninguém pode deixar um carro na porta em horário de almoço que é arrombado, se deixar a porta da casa encostada, o bandido entra com o revolver e faz o assalto. Com medo de morrerem, as pessoas estão se trancando dentro de suas residências 24 horas. “É difícil ter uma residência que não seja arrombada no dia aqui nos dois bairros. Quem pratica esse crimes todos sabem, são pessoas que não tem condições de sustentar o vicio e terminam cometendo esses delitos. Se a policia não der um freio, eles vão terminar matando as pessoas no meio da rua. Todos aqui estão assustados com a violência, inclusive quem tem filho pequeno para criar”, relata uma dona de casa, moradora do bairro Parque Centenário. Ela evitou citar o nome temendo acontecer o pior. Assim como ela, outras pessoas fizeram o mesmo com medo de serem as próximas.

Em outros bairros da cidade, a situação não é nada agradável.

Com a palavra a policia!

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