Lei Maria da Penha completa sete anos e reduz morte de mulheres

Marina Barbosa

Há exatamente sete anos, a Lei Maria da Penha foi criada para garantir assistência às mulheres vítimas de violência no Brasil. Em Pernambuco, a medida contribuiu para o aumento no número de denúncias. Só neste ano, mais de seis mil pernambucanas prestaram queixa de agressões – físicas, verbais ou morais. Além disso, mais de 31 mil processos referentes a esse tipo de violência estão em tramitação no Estado.

Paralelamente ao maior volume de denúncias, Pernambuco assistiu à queda no número de mulheres assassinadas por seus companheiros. No ano de 2012, foram registrados 210 homicídios. Em 2006, primeiro ano de atuação da Maria da Penha, foram 321. Para a secretária da Mulher, Cristina Buarque, os dados evidenciam o sucesso da lei. “Mais mulheres estão denunciando os casos de agressão e, assim, deixando de ser mortas”, afirmou.

Uma mulher que preferiu não se identificar, 34 anos, acredita ser uma dessas mulheres. Ela foi casada por quase oito anos, mas nunca teve uma vida conjugal tranquila. “Meu marido costumava me bater. Pensava em denunciá-lo, mas não tinha coragem porque me preocupava com ele”, revelou.

Ela só teve coragem de pedir a separação depois que uma amiga foi assassinada pelo ex-companheiro. O marido não aceitou e disse que iria matá-la. Ela gravou a ameaça e prestou queixa. O processo está em tramitação, mas a Justiça já determinou que o homem mantenha distância da ex-mulher. (JC Online)

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