Ministro confirmou que o governo examina reajuste de combustíveis

O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) confirmou nesta terça-feira que o governo examina o pedido da Petrobras para um novo reajuste no preço do combustível.

— A Petrobras está reivindicando elevação dos seus preços, até porque eles estão muito defasados. Eles não têm realizado aumentos regulares de preço, mas episódicos — disse o ministro.

Segundo Lobão, “é preciso examinar” o pedido da empresa, o que já está sendo feito pelo Ministério da Fazenda, pelo Conselho de Administração da Petrobras e pelo próprio Ministério de Minas e Energia. No entanto, Lobão fez questão de afirmar que “nenhum aumento de preço é bom”. O tom do ministro reduz, mas não elimina, o risco de novos aumentos. Na semana passada, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola, havia dito que não deveriam ocorrer reajustes de tarifas públicas até a eleição de outubro de 2014.

— Não estamos dizendo que vamos atender ao pedido da Petrobras, mas estamos avaliando — completou Lobão.

Na segunda-feira, 12, em entrevista no Rio de Janeiro, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse que a empresa não desistiu de lutar por aumentos do preço dos combustíveis. Segundo Barbassa, esse é um assunto sobre o qual a Petrobras está trabalhando intensamente, para buscar o alinhamento dos preços internacionais.

A defasagem de preços entre os combustíveis no Brasil e no Exterior tem provocado baixas nos preços das ações das Petrobras, uma das principais empresas com papéis negociados na bolsa de valores.

O último aumento autorizado pelo governo para os combustíveis, em janeiro, foi de 10,5% para o diesel e 6,6% para a gasolina. Segundo especialistas, a defasagem entre o preço no Brasil e os praticados no mercado internacional estaria na casa de 20% no segundo trimestre. Agora, já teria ultrapassado 25%. (Zero Hora)

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