Mulher enterrada na Idade Média teria ‘dado à luz’ a bebê no seu túmulo

Por Ana Tereza Moraes 

 

Na Itália, um grupo de arqueólogos fez uma descoberta desconcertante em um dos túmulos da cidade de Ímola, que abriga uma pessoa enterrada na Idade Média. Foram encontrados restos mortais de uma criança entre as pernas do que sobrou dos ossos de um adulto. Segundo a análise, o adulto era uma mulher que ‘deu a luz’ ao seu bebê após ser enterrada, dentro do caixão.

Foto: Reprodução/World Neurosurgery

A explicação, segundo o jornal Extra, seria de que a grávida, já morta em sua cova, expeliu a criança do útero. Os pesquisadores apontam que ela teria entre 25 e 35 anos, e, segundo um relato publicado na revista médica World Neurosurgery, já estaria com 38 semanas de gestação. No funeral da mãe, o bebê também já estava morto.

O QUE DIZEM OS MÉDICOS

A causa da morte da mulher ainda é um mistério, mas, graças a algumas marcas no seu crânio, os médicos suspeitam que ela teria passado por algum tipo de cirurgia – possivelmente trepanação – uma semana antes de vir a óbito. A suspeita é de que a gestante tenha sofrido pré-eclâmpsia ou alguma doença relacionada à hipertensão.

“Algumas das mais comuns manifestações da doença são febre alta, convulsões, alta pressão intracraniana e hemorragia. Todos esses sintomas, desde a Pré-História até o século XX, eram tratados com trepanação (técnica cirúrgica que consiste em perfurar um orifício em um osso)”, explicaram os autores do estudo. “O achado é um dos poucos casos documentados de trepanação no início da Idade Média na Europa, e o único com uma grávida associada ao fenômeno de extrusão fetal pós-morte”, acrescentaram.

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