O ministro sai, mas cobrará a fatura em 2014

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A decisão tomada ontem pelo PSB de desembarcar do governo Dilma terá muitas consequências em Pernambuco e no Brasil. Pelas bandas de cá, por exemplo, o ministro Fernando Bezerra Coelho não vai deixar barato a decisão de sair do governo para solidarizar-se com o partido. Se ele já se considerava o “primeiro da fila” para disputar em 2014 a sucessão do governador Eduardo Campos, agora, com muito mais razão, é que vai se considerar o “candidato natural”.

Outra consequência, agora de ordem administrativa, será a diminuição do ritmo das obras que foram iniciadas em Pernambuco pelo Ministério da Integração Nacional. É improvável que elas continuem sendo tocadas com a mesma celeridade, especialmente se o substituto do ministro pernambucano for um representante do PMDB, e não nordestino. Esse será, infelizmente, o ônus que Pernambuco vai pagar pelo desembarque do PSB do governo de Dilma Rousseff.

Do ponto de vista nacional, também haverá desdobramentos. Se a grande mídia já tratava o governador pernambucano como “possível candidato” à sucessão de Dilma, agora vai tratá-lo como “candidato”, pois não teria sentido romper uma aliança de 11 anos com o PT apenas para fazer graça. A aliança foi rompida em nome de um projeto maior, que é o Palácio do Planalto. (Inaldo Sampaio)

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