O sorriso de Geraldo Júlio após a operação da PF em Petrolina

Por Ricardo Antunes – Ex-prefeito do Recife e eventual candidato a governador de Pernambuco em 2022, Geraldo Júlio (PSB), esboçou um leve sorriso quando soube da operação da Polícia Federal em Petrolina, nesta terça-feira (15). Ele estava tomando café da manhã na sua residência, na Torre.

Não foi uma “gargalhada” como a que deu o presidente Bolsonaro ao saber que seu amigo, o ministro do STF Kássio Nunes Marques, vai ser relator do processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes (STF). Ninguém do PSB, no entanto, deixou de “vibrar” com o fato que atinge um nicho da oposição pernambucana.

A avaliação no Palácio do Campo das Princesas, e no entorno do ex-prefeito do Recife, é de que, hoje, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), é o candidato com maior densidade para enfrentar a máquina do PSB em todo o estado.

Segundo avaliação de fontes ligadas ao blog, Miguel Coelho (MDB) não só tem mais “tesão político” do que Anderson Ferreira (PL) e Raquel Lyra (PSDB) — dois nomes apontados para disputa em 2022 — mas, sobretudo, é mais preparado e também tem uma máquina administrativa. Além de contar com a experiência e liderança política do pai, o senador e líder do Governo Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB).

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (à esq.) é filho do senador Fernando Bezerra Coelho (à dir.), os dois do MDB.

O prefeito também deu uma roupagem moderna na gestão do município e vem se deslocando bem na montagem do “xadrez” de 2022. Não é a toa que conquistou com folga a sua reeleição há dois anos.

Na última semana, por exemplo, esteve no Recife e conversou com muita gente, além de fazer visitas políticas e articulações. No Palácio, é unânime a certeza de que ele seria o candidato mais difícil para o PSB tentar manter sua hegemonia no estado que já passa de 16 anos.

Por isso, ficou aquele “gostinho saboroso” ao saber que a PF visitou pela segunda vez a Prefeitura de Petrolina. A primeira foi em junho do ano passado, na mesma Secretaria de Educação.

Ninguém lembrou, entretanto, que a PF e o Dracco (Departamento Especializado no Combate à Corrupção e ao Crime Organizado) estiveram mais de cinco vezes na prefeitura do Recife do PSB.

Muito menos, dos três pedidos de prisão de assessores do próprio Geraldo Júlio, que foram solicitados, mas negados pela justiça inexplicavelmente.

É isso.

A “guerra” de 2022 já começou. Tirem as criancinhas da sala, por favor!

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