Mosquito do gênero Haemagogus é um dos principais transmissores de febre amarela silvestre no Brasil
Divulgação/Fiocruz

Mosquito do gênero Haemagogus é um dos principais transmissores de febre amarela silvestre no Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) detectou um surto de febre amarela na Venezuela. Desde o fim de setembro, sete casos da doença foram confirmados – seis deles, em pessoas que não se vacinaram. Não há vítimas.

Para evitar uma grave crise sanitária no país, que já está fragilizado pelas crises políticas e com o sistema de saúde em colapso por causa da covid-19, a organização indicou a ampliação da cobertura vacinal, com foco principal nas regiões amazônicas, onde há maior incidência dos mosquitos que transmitem a doença.

Em comunicado, a OMS afirma que os casos “mostram a importância da vacina contra a doença, especialmente, em zonas endêmicas de alto risco, com ecossistemas favoráveis à transmissão”.

Indígenas, imigrantes e pessoas vulneráveis que vivem em áreas urbanas muito povoadas também devem ser receber reforço na vacinação.

Segundo a recomendação da agência, todos as pessoas com mais de nove meses que viajarem para a Venezuela devem se vacinar contra a febre amarela com ao menos dez dias de antecedência. Por ora, nenhuma restrição de viagens ou comércio foi feita.

Os infectados apresentaram sintomas como dor de cabeça, dor nos olhos, irritação na pele e dores nas articulações. No local apontado como foco da infecção, o município rural de Monagas, a taxa de vacinação está em 67,7%, índice considerado baixo, favorecendo o contágio.

A Venezuela passou 14 anos sem registrar qualquer caso da doença. Em janeiro do ano passado, no entanto, a OMS notificou uma infecção.