Opinião: O desastre da política em Juazeiro

Opinião

Essa estória que vem sendo espalhada nos ambientes políticos de Juazeiro de que se as oposições não se juntarem a prefeita Suzana Ramos ganha novamente não tem fundamento e precisa ser desmistificada de uma vez. Não passa de um terrorismo psicológico, uma falácia em prejuízo de Juazeiro e que só atende a interesses de quem quer ganhar no mole, sem suar a camisa, sem provar que tem o melhor projeto para o município.

Vamos às estatísticas e ao túnel do tempo: em 2008, o então prefeito Misael Aguilar conseguiu um grande financiamento para saneamento básico com o Ministro Geddel Vieira e se fortaleceu bastante para a reeleição, animou suas tropas. Naquele ano concorria pela primeira vez o empresário Isaac Carvalho, representando a terceira via, contra o BA- VI, o eterno duelo dos ex prefeitos Misael e Joseph Bandeira. Esse último, à época deputado federal, saiu candidato também, o que, na ótica dos analistas políticos, dividiria os votos e facilitaria a vida de quem estava no poder, com a máquina e a caneta na mão. Qual foi o resultado? O vaqueiro ganhou com boa folga. Vamos agora a um exemplo mais atual e avancemos ao ano de 2020. O Vaqueiro estava no seu terceiro mandato consecutivo, dois dele propriamente dito e um de seu afilhado político, Paulo Bonfim, no qual teve bastante influência e prestígio.

Com o impedimento de Joseph Bandeira, o “eterno”, lança-se o nome de Suzana Ramos, a Mãe, aquela que cuidaria de tudo com zelo e carinho, principalmente a área de saúde, como a mesma enfatizava na campanha. A terceira via aparece forte, dessa vez capitaneada por uma novidade na política , o coronel Anselmo Bispo, que obteve expressiva votação. Mais uma vez, os cientistas políticos do Bar do M e de outras freguesias, pelas contas de tabuada, apostam na vitória de quem tinha o poder nas mãos, no caso o vaqueiro e seu pupilo Bonfim. Qual foi o resultado? Uma marretada de mais de trinta mil votos de frente, algo inédito na história política de Juazeiro. Resumindo, cada eleição tem sua história e não faz medo esse fantasma de que tem que unir todo mundo pra derrubar quem está no poder.

Precisamos nos desapegar dessa coisa triste de votar pra derrubar, precisamos votar é pra levantar, pra construir, pensando de forma positiva e proativa. Pra terminar, nobre repórter, em política dois mais dois, nem sempre é quatro. Ultimamente, aliás, a dinâmica da política vem deixando a tabuada confusa.

Alexandrino Netto.

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