Perfumar-se mal e outros nove hábitos que nos fazem envelhecer mais rápido

envejecer

Como prevenir danos à pele e o desenvolvimento de alergias, ou outras afecções, mudando poucos procedimentos

    • cuidar piel
      1Rotinas diárias que consideramos corretas mas não são, hábitos dietéticos adotados em prol da silhueta ou rituais de higiene mal interpretados que danificam a pele, diminuindo sua resistência e causando, além de problemas estéticos, o envelhecimento precoce, a dermatite atópica ou a rosácea. Paloma Cornejo, dermatologista da Academia Espanhola de Dermatologia e Venereologia (AEDV) explica quais erros são os mais prejudiciais e como podemos evitá-los.
    • lufa
      2Usar uma bucha para se ensaboar no banho Elevada aos altares pelas tendências mais ecológicas, essa esponja de fibras vegetais “pode ser excessivamente agressiva com o manto hidrolipídico − o escudo protetor da epiderme, formado por células mortas e lipídios originários das glândulas sebáceas −, já que suas fibras arrastam tudo que encontram em seu caminho. Usá-la diariamente é deixar a pele praticamente desprotegida diante das agressões externas”, afirma a especialista, que recomenda esfoliar suavemente a pele apenas uma vez cada 15 dias.
    • lavar cara
      3Deitar-se com o rosto sujo A preguiça é a razão pela qual muitas pessoas vão para a cama sem retirar a sujeira e a maquiagem do rosto. “Mesmo que você não se maquie habitualmente, toda noite é necessário limpar, com um produto suave e adequado ao estado de cada pele, a sujeira acumulada durante o dia. Ainda mais se você sua muito ou vive em uma cidade”, afirma a especialista. A poluição se tornou um dos pontos que mais preocupam os especialistas em antienvelhecimento. A água micelar é um recurso fantástico para limpar a cútis em menos de 2 minutos. .O oposto também não é bom. “A higiene excessiva é um dos fatores que explicam o aumento de 300% de dermatites atópicas nos últimos 30 anos”, afirma Cornejo. Ela recomenda “aprender a conviver com as bactérias e só usar ferramentas para eliminá-las quando realmente afetem a saúde, não por costume”.
    • temperatura agua
      4Tomar banho com água a mais de 36/37 graus Não há nada mais prazeroso do que uma ducha quente, mas a dermatologista adverte: “A água acima da temperatura corporal é uma das principais causa de desidratação epidérmica, que, unida ao uso de géis e sabões muito agressivos que alteram o pH da pele, é o primeiro passo para outras afecções mais drásticas, como a dermatite atópica”. Além disso, favorece a flacidez cutânea. O ideal é tomar banho diariamente, mas com água morna, e só ensaboar axilas, genitais e pés.
    • protector solar
      5Não usar fotoprotetor Todos os dermatologistas estão de acordo: o melhor tratamento contra o envelhecimento da pele é um fotoprotetor. E não devemos limitá-lo só aos dias de praia ou piscina: “Seu uso deve ser diário, principalmente no rosto”. A especialista recomenda “utilizar um creme de tratamento facial com FPS mínimo de 30, e repetir sua aplicação pelo menos duas vezes ao dia, sem esquecer as orelhas, o decote, a nuca e, no caso de quem tem calvície, o couro cabeludo”. Além de prevenir o câncer de pele, esse hábito evita o surgimento de manchas, rugas e flacidez.
    • gafas de sol
      6Não usar óculos de sol “São o melhor cosmético para combater os pés de galinha, já que os movimentos e gestos repetitivos são os principais responsáveis por sua aparição precoce”, afirma a especialista. Mas não valem quaisquer óculos, só aqueles que tiverem certificação oficial − no caso do Brasil, emitida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) − e lentes seguras que evitem que os raios solares danifiquem a retina. Os óculos de sol devem ser adquiridos em ópticas.
    • alcohol
      7Consumir álcool Além de causar problemas graves à saúde, consumir álcool pode provocar rosácea (vermelhidão principalmente no nariz, queixo e bochechas), desidratação, descamações e acelerar a flacidez cutânea, já que também desorganiza as fibras de colágeno e elastina, responsáveis pela suavidade e elasticidade da pele. “O álcool desidrata o tecido conjuntivo porque atua como um diurético e afeta a produção adequada de vasopressina, o hormônio encarregado de indicar aos rins que absorvam as vitaminas e os micronutrientes de que o organismo necessita antes de eliminar líquidos pela urina. Quando a absorção é mínima, a pele fica fatigada, cítrica, enrugada, seca e com os poros abertos”, esclarece a especialista.
    • frutas y verduras
      8Não comer frutas e verduras Não incluir esses alimentos na dieta afeta não só o aparelho digestivo e a saúde do organismo em geral, como também provoca o envelhecimento precoce da pele. “São as melhores ferramentas para combater os radicais livres, essas moléculas de oxigênio desorganizadas que oxidam o organismo e o envelhecem”, afirma a dermatologista. Bagas, frutas vermelhas, tomates, cenouras, pêssegos, melancias, morangos, laranjas, tangerinas…
    • fumar
      9Fumar Segundo dados do Hospital Universitário de Lund (Suécia) a respeito do efeito do tabagismo na circulação sanguínea da pele, o tabaco reduz a resposta relaxante dos microvasos sanguíneos cutâneos aos diferentes estímulos em pacientes fumantes crônicos, em comparação com não fumantes. Por não haver uma boa circulação, a pele é privada de nutrientes e oxigênio, e envelhece de forma prematura.
  • dormir
    10Não descansar bem “As células do corpo se regeneram durante o sono. Por isso, quando não dormimos o suficiente, a renovação celular − incluindo a das células da pele − se detém e pode provocar bolsas, olheiras e vermelhidão ocular. Além disso, a falta de sono afeta a função da barreira natural da pele e pode provocar secura e maior sensibilidade às irritações”, esclarece a especialista.
  • perfume
    11Perfumar-se mal As fragrâncias que além de álcool contêm bergamota e almíscar podem provocar uma fototoxicidade em contato com os raios UV. Isso pode gerar uma reação alérgica e uma produção excessiva de melanina e pigmentação. É o que se conhece como reações fototóxicas, explica Cornejo, e são muito frequentes no verão, já que para que ocorra só é necessária a presença de uma substância fotoativa (o perfume) que, exposta à luz ultravioleta, provoca uma reação similar à queimadura solar. Na maioria dos casos, as lesões cutâneas se limitam às zonas nas quais se aplicou a fragrância e que foram expostas à luz − orelhas, decote, axilas, partes laterais do pescoço, nuca, etc. −, aquelas que ficaram protegidas dos raios ultravioleta pela roupa costumam sair ilesas. A dermatologista recomenda que examinemos os rótulos das toalhinhas umedecidas − inclusive daquelas para limpar os bebês −, do gel de banho, do sabonete e das loções para o sol, para nos assegurarmos de que esses produtos não contenham óleo de bergamota.

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