PSB com um olho na eleição e outro no governo
Por: Marcelo Montanini
Um olho no segundo turno da eleição presidencial e outro no redesenho do governo e da base governista. Apesar de o governador reeleito Paulo Câmara (PSB) ainda estar fazendo campanha para o presidenciável Fernando Haddad (PT), as costuras para o segundo mandato já começaram a ser trabalhadas no Palácio do Campo das Princesas. Contudo, o socialista só deve se debruçar de fato nas costuras no final de novembro. O anúncio será feito em dezembro.
O gestor deve repetir o método de rodízio, adotado pelo ex-governador Eduardo Campos, morto em 2014, com a finalidade de reoxigenar algumas pastas. Também deverá ser observada a ideia de alinhar alguns partidos em secretarias de acordo com os ministérios que, porventura, possam assumir no futuro Governo Federal. Outra coisa a ser considerada é a escolha de nomes que possam ajudar na ascensão de aliados na suplência.
Dar um espaço de destaque a João Campos é prioridade – Crédito: Humberto Pradeira
Por ora, algumas especulações ganham contornos nos bastidores. Com votações expressivas, João Campos (460.387 votos) e Gleide Ângelo (412.636 votos) ganharam papel de destaque e são potenciais candidatos às prefeituras do Recife e de Jaboatão dos Guararapes, respectivamente. Entretanto, nos dois casos, há duas correntes de ideias – uma de que eles assumam secretarias e outra os respectivos mandatos. No caso dele, especula-se as pastas de Cidades ou de Turismo. No dela, a Secretaria da Mulher.
Outra ideia atualmente aventada no Palácio das Princesas é a manutenção de André Campos (PSB), na Casa Civil; de José Neto, na chefia de gabinete, e Marcelo Barros, na Fazenda. Os dois primeiros, apesar de figuras carimbadas nos atos de campanha noturnos, permaneceram no governo, como “núcleo duro”, e, na avaliação de aliados, melhoraram o diálogo entre governo, parlamentares e prefeitos.
Partidos
Responsável pelas Secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico e Desenvolvimento Social, além do Ipem, Lafepe, administração de Fernando de Noronha e os portos do Recife e de Suape, o PP deverá diminuir o espaço no novo governo. Já o PT, que não esteve na base governista na primeira gestão, mas integrou o arco de aliança na reeleição, terá seu espaço. Nos bastidores, especula-se a possibilidade de assumir a pasta de Agricultura, atualmente sob o comando do PDT, que deve ficar no governo. Há, todavia, uma ala petista que advoga pela não aceitação de cargos no Governo Câmara. O Solidariedade é outro partido que deve ter algum espaço na gestão.
Suplências
Alguns suplentes à Câmara dos Deputados estão no radar do Palácio, como Milton Coelho (PSB), o primeiro na coligação formada por PSB, PCdoB, MDB e PSD, e Kaio Maniçoba (SD), o primeiro na coligação formada pelo SD, PP, PR e PMN. Na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), os suplentes socialistas são, em ordem, Sivaldo Albino, Paulo Dutra e Laura Gomes. (Blog Folha)