PSOL pedirá cassação de Chiquinho e expulsão de Domingos do TCE-RJ

Partido de Marielle Franco, o Psol pedirá a cassação do deputado Chiquinho Brazão e entrará com ação no Tribunal de Contas do Estado do RJ para que Domingos Brazão seja excluído definitivamente dos quadros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Os dois irmãos foram presos pela Polícia Federal neste domingo, acusados de mandar matar a vereadora carioca. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa também foi preso, sob a acusação de atrapalhar as investigações do assassinato de Marielle e de seu motorista, Anderson Gomes. As representações estão sendo finalizadas pela assessoria jurídica do partido.

Além das três prisões, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado. Documentos e aparelhos eletrônicos foram levados pelos agentes policiais. A Operação Murder Inc. conta com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro. A Câmara deve decidir pela manutenção da prisão de Chiquinho até terça-feira. As informações são do Congresso em Foco.

Uma das linhas de investigação, deflagrada pela delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, é de que o crime tenha sido motivado pela expansão territorial da milícia no Rio. A delação de Lessa foi homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A operação foi deflagrada no domingo, excepcionalmente, para surpreender os suspeitos. O ex-PM está preso desde 2019, junto com Elcio Queiroz, foram os executores do crime.

Irmã de Marielle, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que “hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos”, escreveu no X. “Agradeço o empenho da PF, do gov federal, do MP federal e estadual e do Ministro @alexandre. Estamos mais perto da Justiça!”, completou.

Quando vazou a delação de Ronnie Lessa, publicada pelo site The Intercept, antes mesmo da homologação por Alexandre de Moraes, o nome de Domingos apareceu como sendo um dos mandantes. Na ocasião, ele negou envolvimento e disse que “tinha a mesma posição política que Marielle”. O processo subiu para o Supremo Tribunal Federal após as investigações alcançarem o deputado federal Chiquinho Brazão, que tem foro privilegiado.

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