Quando os Livros Foram à Guerra

 

Quando os livros foram à guerra

(Tradução de Rosania Mazzuchelli, Casa da Palavra, 272 páginas, 49,90 reais) A Segunda Guerra Mundial, um dos mais macabros eventos da humanidade, é retratada sob uma perspectiva diferente em Quando os Livros Foram à Guerra, da americana Molly Guptill Manning. A história contada aqui é a dos soldados, que, vivendo em um verdadeiro inferno na terra,  buscaram um refúgio nos livros. A estratégia para ocupar a mente e fortalecer o psicológico das tropas mobilizou toda uma nação. A editora Armed Services Edition lançou mais de 1 200 títulos no período, todos voltados para aqueles que habitavam as trincheiras. Os militares passaram a buscar os livros, que eram verdadeiras preciosidades no front, fonte de tranquilidade e inspiração. Tanto que alguns deles até se tornaram escritores, movidos pelo que tinham lido durante os anos de artilharia. O livro é também um objeto simbólico por conta do extermínio intelectual que a Alemanha, a rival de guerra, fez, queimando milhões de páginas e doutrinando vários com o famoso Mein Kampf, obra de Adolf Hitler que se tornou uma espécie de manual do regime imposto por ele. Molly lançou o trabalho no ano passado nos EUA, onde ele foi bem recebido, figurando inclusive na lista de best sellers do New York Times.

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