Renan Calheiros defende Padilha e manda recado para Arthur Lira: ‘terceirizar a incompetência não apaga o tiro no pé’

“É o veneno resultante do próprio erro”, afirmou o senador em referência ao presidente da Câmara

Renan Calheiros e Arthur Lira
Renan Calheiros e Arthur Lira (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Geraldo Magela/Agência Senado)

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou nesta sexta-feira (12) que o “ódio do presidente da Câmara (Arthur Lira) contra o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) “é o veneno resultante do próprio erro”.

“Advocacia política de facínora, preso após provas robustas, é ainda uma afronta ao STF, que decidiu tecnicamente pela prisão.Terceirizar a incompetência não apaga o tiro no pé”, escreveu o emedebista em uma de suas redes sociais.

O presidente da Câmara disse que o ministro das Relações Institucionais é um “incompetente’. Lira atribuiu a Padilha as notícias sobre um suposto enfraquecimento político do parlamentar. O ministro disse apenas que ‘não vai descer a este nível’, numa referência aos ataques feitos pelo deputado.

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Alexandre Padilha. Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

Sobre o STF, mencionado por Calheiros, o senador fez referência à decisão pela manutenção da prisão de Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), apontado por investigadores como um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), morta por integrantes do crime organizado em março de 2018 num lugar sem câmeras na região central da cidade.

Aliados do governo Lula teriam orientado parlamentares da base governista a votar pela continuidade da prisão, o que teria deixado Lira irritado, porque, de acordo com notícias evacuadas na imprensa, o presidente da Câmara estaria perdendo a força em suas articulações políticas.

O deputado do PP-AL teria a pretensão de emplacar Elmar Nascimento (União-BA) como o sucessor na presidência da Casa e, por consequência, teria aconselhado o parlamentar a fazer gestos para o governo e para a oposição. Mas, de acordo com a coluna de Igor Gadelha, Padilha teria feito movimentações para os deputados aliados do governo se posicionarem contra um possível voto de Nascimento pela soltura de Brazão.

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