Saiba porque procurar médico antes de começar a fazer exercícios

O ano começa, o verão dá aquela forcinha com corpos sarados passeando na orla da cidade e muitos decidem iniciar uma atividade física. Mas, a consulta médica não pode ficar em segundo plano. Exames como o eletrocardiograma, hemograma e teste ergométrico são essenciais ao pensar em exercitar-se, segundo profissionais do Hospital Geral do Estado (HGE).

“A orientação de um profissional é fundamental. A necessidade da consulta especializada se dá devido a visão do histórico médico familiar e pessoal de problemas médicos, como desmaios, tonturas, dores no peito, falta de ar, entre outros”, alertou o cardiologista José Leitão.

Segundo ele, a prática de exercícios físicos é relevante para a prevenção de doenças e bem-estar das pessoas, no entanto, alguns cuidados precisam ser tomados para se evitar possíveis problemas e danos ao corpo.

O exame que mostra se a pessoa teve algum problema cardíaco ou se está tendo naquele momento é o eletrocardiograma. Outro exame importante é o hemograma para detecção de anemias e infecções. Exames extras podem ser solicitados pelo médico, que decidirá quais devem ser solicitados.

“Geralmente requeremos os exames baseados na idade e na modalidade esportiva que o paciente tem interesse. Se for fazer só caminhada ou se vai correr 3, 5, 10 km, meia maratona ou maratona inteira, se vai treinar lutas numa academia ou se quer treinar levantamento de peso, seja para estética ou para competição. O cliente deve estar atento para explicar as suas intenções esportivas nessa consulta”, explicou o médico.

Marcia Rodrigues é enfermeira no HGE, ela caminha e faz pilates. A atividade física é essencial na vida da cuidadora tanto como distração do corre, corre habitual de uma unidade hospitalar, como nos cuidados com a própria saúde. Márcia contou que tem problemas nas articulações dos quadris, devido a uma queda no ambiente profissional. “Eu relaxo caminhando. É a atividade física mais gostosa de fazer, mas, tenho que alternar com o pilates, devido às dores que ainda sinto na região dos quadris”, comentou a enfermeira.

O ortopedista Marcos Medeiros reforçou também para os iniciantes, a avaliação do ponto de vista ortopédico. Segundo ele, o motivo é saber as condições de suas articulações e da musculatura. “Em relação, principalmente, a forma de pisar, se a pessoa for fazer uma atividade aeróbica, como corrida, por exemplo, existem os impactos nos membros inferiores que podem acarretar alguma sequela, caso não se previna anteriormente.

O tênis adequado tem que ser discutido, assim, como ser feita uma avaliação da pisada e da marcha, para evitar os impactos. Já em casos restritos à musculação, deve-se realizar uma avaliação geral da parte muscular, membros superiores e inferiores para saber se tem alguma patologia pré-exercício, geralmente de tendão ou patologia muscular que possa causar algum tipo de dano com a atividade inadequada”, recomendou o especialista.

A fisioterapia deve ser explorada pelos iniciantes na prática esportiva também, de acordo com o fisioterapeuta Thiago Alencar. Segundo o profissional, o iniciante precisa de um acompanhamento, com avaliações detalhadas e com objetivos a se alcançar.

“Isso gerará uma qualidade melhor nas atividades físicas e o condicionamento apropriado, principalmente focando na prevenção de lesões. Hoje, a fisioterapia possui um recurso chamado baropodometria, onde uma plataforma com um software consegue mensurar as pressões do pé, ou seja, calculam quantos por cento do peso estão em cada parte do pé, como também a forma que se caminha”, contou o fisioterapeuta.

De acordo com ele, através do baropodômetro se consegue detalhar e avaliar perfeitamente a forma que se caminha e, a partir daí corrigir erros, ou com um trabalho muscular ou com palmilhas biomecânicas, palmilhas posturais para compensar a pisada errada.

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