Depois de passar oito meses penando na parte de baixo da tabela, o fantasma do rebaixamento não assusta mais. Os rubro-negros se encarregaram de exorcizá-lo neste domingo (11), com a vitória por 2×0 sobre o Figueirense, na Ilha do Retiro, pela 38ª e última rodada do Brasileirão. Mais do que isso: o resultado fez o Sport subir para a 14ª colocação, com 47 pontos, o que o coloca na Copa Sul-Americana do ano que vem.

A partida ainda coroou Diego Souza como artilheiro do campeonato, ao lado de Fred (Atlético-MG), ambos com 14 gols. O camisa 87 marcou o segundo na vitória sobre o Figueirense, aos 43 minutos da etapa final. Quem abriu o placar na Ilha foi Rogério, no primeiro lance após a volta do intervalo.

O JOGO

A história do primeiro tempo na Ilha do Retiro pode ser resumida em um duelo de ataque contra defesa. Empurrado pela torcida e precisando da vitória a qualquer custo, o Sport tomou as rédeas da partida, teve mais posse de bola, passou a maior parte do tempo no campo adversário e criou. Foram oito finalizações rubro-negras contra um Figueirense acanhado na defesa, incapaz de concluir uma vez sequer contra a meta de Magrão.

Por isso, o 0x0 na saída para o intervalo não refletiu o que foram os 45 minutos iniciais na Ilha. Culpa dos próprios rubro-negros, que incorreram na falta de pontaria, problema crônico do time na temporada. Das chances criadas pelo Sport, duas foram claríssimas e desperdiçadas dentro da pequena área. A primeira com o colombiano Ruiz. Aos 9 minutos, ele cabeceou por cima. A outra com Everton Felipe, que aos 15 chutou rente ao travessão.

Aos 38 minutos do primeiro tempo, quando a partida havia entrado em “banho maria”, o torcedor rubro-negro ensaiou um princípio de festa nas arquibancadas. É que o Fluminense teve pênalti marcado a seu favor contra o Internacional, no Rio. Só que o goleiro Danilo Fernandes (ex-Leão) defendeu e frustrou a comemoração antecipada na Ilha.

O Sport voltou para o segundo tempo disposto a sacramentar a sua permanência na Série A. E logo a um minuto, Rogério resolveu dar uma dose de tranquilidade ao clima que começava a ser de tensão nas arquibancadas. O camisa 90 chutou rasteiro de fora da área e a bola entrou no canto direito, indefensável para o goleiro Junior Oliveira: 1×0.

O gol empolgou os rubro-negros, que ficaram muito perto de ampliar o placar nos dois lances seguintes. Aos 6, Everton Felipe deu um toquinho na saída do goleiro e a bola passou caprichosamente saiu rente à trave direita. Já aos 7, Diego Souza entrou cara a cara com Junior Oliveira, mas chutou fraco e permitiu a defesa do camisa 30 do Figueirense.

Depois daí, a partida perdeu em intensidade. Festa da torcida só quando o Flu abriu o placar no Rio. A permanência na Série A estava encaminhada. Ficou ainda maior aos 43, quando em rápido contra-ataque puxado por Neto Moura, a bola sobrou para Diego Souza tocar na saída do goleiro do Figueirense: 2×0 e artilharia do Brasileirão para o camisa 87.

Antes mesmo do fim da partida na Ilha, a comemoração pela permanência estava feita. É que no Rio o Internacional não passara de um empate por 1×1 com o Fluminense, resultado que o rebaixava pela primeira vez na história. Festa na Ilha. (JC)