O projeto de “recall”, que está pronto para ir a votação no plenário do Senado, na prática “cria um gatilho para tirar o presidente da República do cargo sem a necessidade de impeachment. Para isso, seriam necessárias assinaturas de, no mínimo, 10% dos eleitores que compareceram à eleição presidencial mais recente. Se aprovado, o Congresso convocaria um referendo popular para discutir se revoga ou não o mandato do presidente”, informa a reportagem.
Outra reação, esta dos líderes do Centrão na Câmara, é a volta da discussão “do fim da reeleição para cargos executivos, como presidente e governadores. A avaliação é a de que a pauta teria de ser ‘engolida’ por Bolsonaro, que já defendeu, inclusive, durante a campanha, o fim da reeleição”, conta o Estado.
O resultado será avaliado neste domingo (26), em função das mobilizações. Se forem significativas, o Congresso freia, por ora, as mudanças legislativas que afetariam a Presidência. Se os protestos forem esvaziados, os parlamentares podem se animar a impor uma agenda própria não só na economia, mas também no campo político.