Dois pesos, duas medidas

Caiu como uma bomba e repercutiu intensamente a revelação do Blog do Magno Martins, ontem, com base em informações do portal da Transparência, a injeção de R$ 43 milhões que a governadora Raquel Lyra (PSDB) deu na Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Garanhuns, pertencente à família do marido da vice-governadora Priscila Krause. Tudo porque as demais unidades de saúde, conveniadas ao Sassepe, sangram devido aos débitos atrasados pelo Governo, sendo obrigadas a suspender o atendimento de pacientes do plano Sassepe.

Enquanto Raquel dá tratamento vip ao hospital da família do marido da vice-governadora, em Abreu e Lima se nega a reabrir a única maternidade pública. Para entender o caso é necessário retroceder ao ano de 2022, quando, devido ao alto custo de manutenção do Hospital Maternidade de Abreu e Lima, o município cedeu o equipamento para que o Governo do Estado regionalizasse o atendimento para os demais municípios. Após a cessão da estrutura ser cedida, com aval da Câmara Municipal de Abreu e Lima, foi firmado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) no Ministério Público entre o Governo Estadual e prefeituras que seriam beneficiadas com a regionalização do equipamento.

 Pelos termos firmados, o município de Abreu e Lima iria aportar mensalmente para o Executivo Estadual o que receberia do Ministério da Saúde, cerca de R$ 470 mil, além do valor para reformar a estrutura física do equipamento, orçada em R$ 899 mil. Já o repasse do município de Paulista seria de R$ 405 mil; o de Itapissuma, R$ 43 mil, e Itamaracá, de cerca de R$ 28 mil. Para o Estado, ficaria a despesa mensal de R$ 1 milhão. Porém, mesmo diante de várias tratativas, que tiveram início desde o início da atual gestão estadual, o Governo se nega a assumir a sua parte.

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