Conta de luz mais barata ajuda a conter inflação da baixa renda em março

IPC-C1, medido pela Fundação Getulio Vargas, passou de 0,73% em fevereiro para 0,44% no mês passado

Fotógrafo registra um arco-íris próximo a uma linha de transmissão de energia em Berlim, na Alemanha - 29/03/2016
Tarifa de energia foi um dos itens que contribuíram para a desaceleração do IPC-C1(Hannibal Hanschke/Reuters)

A conta de luz voltou a ficar mais barata em março para as famílias de baixa renda e ajudou a frear a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), também conhecido comoinflação da baixa renda, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A tarifa de eletricidade residencial, que já tinha recuado 2,33% em fevereiro, acentuou a queda para 4,09% em março. No mesmo período, a inflação pelo IPC-C1 desacelerou de 0,73% para 0,44%.

Quatro das oito classes de despesa que integram o indicador tiveram taxas de variação menores do que no mês anterior: transportes (de 1,55% em fevereiro para 0,19% em março), habitação (de 0,08% para -0,43%), saúde e cuidados pessoais (de 0,58% para 0,36%) e despesas diversas (de 1,84% para 0,97%). Além da conta de luz, outros destaques foram as tarifa de ônibus urbano (de 1,82% em fevereiro para 0,06% em março), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,93% para 0,27%) e cigarros (de 3,02% para 1,27%).

Na direção oposta, houve aceleração no ritmo de aumento de preços nos grupos alimentação (de 1,01% para 1,21%), educação, leitura e recreação (de 0,38% para 0,42%), vestuário (de 0,31% para 0,37%) e comunicação (de 0,66% para 0,69%). Segundo a FGV, os itens que contribuíram para o movimento foram itens laticínios (de 0,85% para 2,89%), hotel (de -1,97% para -0,21%), roupas (de 0,21% para 0,50%) e tarifa de telefone móvel (de 1,07% para 1,45%).

A taxa do IPC-C1 de março foi inferior à inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. O Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,50% no mês passado. Ambos são calculados pela FGV.

No acumulado em doze meses, entretanto, o IPC-C1 ficou em 9,99%, patamar superior ao do IPC-BR, que avançou a 9,37% no mesmo período.

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