Cambistas vendem livremente ingressos para o jogo Flamengo e Vasco em Brasília
Na véspera do clássico carioca, entre o Vasco e Flamengo, amanhã (14), às 18h30, no Estádio Nacional de Brasília-Mané Garrincha, na capital federal, a movimentação de torcedores por ingresso é tranquila. Em frente ao Ginásio Nilson Nelson, um dos pontos de venda, mais cedo era grande a presença de cambistas.
Dependendo da quantidade de bilhetes que o torcedor desejava comprar, os vendedores ilegais ofereciam os ingressos com os mesmos preços cobrados na bilheteria: R$ 100 e R$ 180 (inteira) e R$ 50 e R$ 90 (meia-entrada) nos setores superior e inferior, respectivamente. No entanto, se a pessoa optasse por comprar apenas um bilhete, pagava mais caro ao cambista, mesmo estando a poucos metros do local oficial de venda.
Quando a procura era maior, os cambistas ofereciam o ingresso de meia-entrada para o setor superior por R$ 80, R$ 30 a mais do que o cobrado nos pontos oficiais. A venda de bilhetes por cambistas é considerada crime contra a economia popular. Quem for flagrado pode ser preso e condenado a seis meses a dois anos de detenção.
O servidor público Diego Bertoldi, que mora em Vitória (ES), aproveitou a passagem por Brasília, onde fará um concurso, para ir ao jogo e conhecer o novo Mané Garrincha. Torcedor do Vasco, ele preferiu comprar o ingresso na bilheteria.
Apesar da tradicional rivalidade entre as torcidas do Vasco e do Flamengo, Bertoldi acredita que o clima dentro e fora do estádio será tranquilo. “Já fui ao Engenhão [Estádio Olímpico João Havelange, no bairro Engenho de Dentro, no Rio] com 30 mil pessoas e aqui serão 60 mil torcedores. Acho que o barulho vai ser enorme, mas, até pelo preço dos ingressos, as pessoas virão mesmo para torcer”, disse à Agência Brasil.
Em Brasília, os torcedores que ainda não compraram os ingressos têm oito pontos de venda. Apenas na bilheteria do Ginásio Nilson Nelson será possível comprar amanhã. Para quem comprou pela internet, o local de retirada dos ingressos é no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. (Agência Brasil)