Petistas querem projeto próprio para 2014 em Pernambuco
Nesta terça-feira à noite, durante debate entre os candidatos a presidente do partido, no Processo de Eleição Direta (PED) da sigla, todos foram unânimes em dizer que a primeira opção será um projeto próprio de poder.
“Não podemos ficar aplaudindo a tudo e unidos apenas em torno da discussão se vamos ou não nos aliar ao PTB (de Armando Monteiro)”, disse a deputada estadual Teresa Leitão.
A opinião foi compartilhada por Bruno Ribeiro e Edmilson Menezes. Ambos, inclusive, ressaltaram que as críticas feitas pelo governador Eduardo Campos à gestão da presidente Dilma o coloca no campo da oposição. Eles reconheceram, no entanto, que sem unidade não vão conseguir ir muito longe. “Não vamos nos encontrar com a sociedade se continuarmos assim. Não vamos deixar que o partido saia menor”, disse Ribeiro.
Os postulantes reforçaram o dever de cada um defender o legado das administrações petistas ao longo dos últimos 10 anos. De acordo com Bruno, o partido tem o dever de mostrar que as ações creditadas ao governo Eduardo Campos no estado só foram possíveis com o apoio do PT. O que ele (Eduardo) fez foi porque Lula e Dilma garantiram que ele fizesse. Precisamos mostrar à sociedade que o que ele fez foi com as mãos do PT e o que ele não fez a gente vai fazer”, prometeu.
Para Teresa Leitão está claro que o PSB não está no campo de aliança com o PT. “O candidato dele não será Dilma. Além de candidatura própria em 2014, defendo que a gente se prepare para uma das eleições mais difíceis. É preciso definir a tática eleitoral. Temos que nos preparar para a eleição de 2016. Segundo Edmilson Menezes, o PT nunca deveria ter entrado na aliança com o PSB porque o partido nunca foi respeitado pelos socialistas. “É um governo que privatiza, que não investe em educação. É um governo da maquiagem. Para ele, uma aliança com o PTB no estado está fora de cogitação.
Ao falar sobre o modelo atual do PED, os três candidatos confirmaram que o sistema de eleição direta do partido precisa de ajustes. Num tom radical, Edmilson defendeu sua extinção. ”Vamos acabar como PED antes que ele acabe com o PT”, destacou.
Na avaliação de Bruno Ribeiro, o PT precisa se unir em torno de sua preservação para acabar com a autofagia e colocar um ponto final nos ressentimentos. “Não deixarei que o partido saia menor no PED. Não vou entrar neste debate de mágoas. Ninguém aguenta o PT assim”, crtiticou.
A deputada Teresa Leitão também defendeu uma revisão do formato atual. “O PED tem que ser revisto. O modus operandis do PT traz uma forma de relacionamento difícil”, alertou. (Fonte: Diário de Pernambuco)