Os 110 participantes aprovados para o estudo, focado em comprovar a eficácia e a dosagem do fármaco, serão acompanhados ao longo de 16 semanas, sendo as quatro primeiras dedicadas a observar as características das dores de cabeça. A ideia é que o tratamento seja utilizado como um auxiliar aos medicamentos comuns aos cuidados com a enxaqueca. Por isso, os especialistas optam pelo recrutamento (ainda aberto) de pessoas que utilizam remédios para controlar as dores, mas ainda assim sofrem de crises.
— O medicamento age nos receptores canabinoides (parte do nosso organismo) que ajudam a modular a dor, entre outros receptores — explica Alexandre Kaup, neurologista do Einstein e líder do estudo. — O paciente tomará o medicamento, ou placebo, ao longo de doze semanas. Vamos observar se quem receber a substância ativa se sairá melhor. Estamos monitorando sono, sintomas ansiosos e depressivos, a quantidade de analgésico que esses pacientes usam e a características de cada crise, se diminuíram. Vamos avaliar isso para cada pessoa individualmente ao longo de todos os dias.