Tabata diz ser esquerda com “visão econômica de centro” e questiona aliança com o PT
“Não sei dizer se estaremos ao lado do PT. Há quem defenda a união, mas também quem defenda que a gente fure essa polarização”, afirmou a deputada
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), em entrevista ao Estado de S. Paulo, defendeu que seu partido trilhe um caminho próprio fora da órbita do PT no campo da centro-esquerda. Segundo ela, falta no Brasil “uma esquerda com uma visão econômica de centro”. Tabata é cotada para disputar a Prefeitura de São Paulo no próximo pleito.
“Faz falta ao Brasil uma centro esquerda forte e pujante. Faz falta uma esquerda com uma visão econômica de centro e pautada em dado. Faz falta um centro progressista que seja contra ditaduras de esquerda. O PSB fez uma declaração fortíssima sobre o que acontece na Nicarágua. Falta espaço para uma visão que seja democrática até o último fio de cabelo. O PSB é um partido grande de gente como Eduardo Campos, Márcio França e Geraldo Alckmin. Tem história e tamanho para ocupar seu lugar”, declarou.
Tabata ressaltou que o PSB é um partido independente e tem história e tamanho para ocupar seu lugar. Ela, então, colocou em dúvida uma possível união do “campo progressista” para as eleições de 2024, inclusive com o PT: “não sei dizer se estaremos ou não ao lado do PT nas eleições”.
A parlamentar afirmou que o debate sobre a melhor estratégia vai acontecer no ano que vem, e que o PSB será muito ativo nessa discussão. “O debate sobre a melhor estratégia do campo progressista vai acontecer no ano que vem. Há quem defenda a união do campo progressista, mas também quem defenda que a gente fure essa polarização com uma candidatura viável. Não quero adiantar esse debate, mas o PSB será muito ativo nessa discussão. O partido tem dois dos maiores quadros de São Paulo – Geraldo (Alckmin) e Márcio (França) – e teve candidato próprio na última eleição. A gente já começou a preparação da nossa chapa de vereadores. O PSB vai lançar no próximo mês uma escola de líderes. Temos quadros nas periferias e vamos fazer um trabalho de construção de base. Estamos fazendo a lição de casa”.