Márcio França projeta disputa entre Alckmin e Tarcísio em 2026, caso Lula não queria concorrer
O ministro Márcio França (PSB), um dos principais articuladores da aliança de Geraldo Alckmin com Lula, diz que o vice-presidente pode ser o sucessor do petista
O ministro Márcio França (PSB), um dos principais articuladores da aliança de Geraldo Alckmin com Lula, diz em entrevista à revista Veja que o ex-governador tucano, hoje no PSB, pode ser o sucessor do atual presidente caso ele não concorra à reeleição.
“Acho difícil o Alckmin fazer qualquer coisa que não seja combinada com o presidente Lula. Ele teve uma relação assim com o Mario Covas (de quem foi vice-governador). Alckmin jamais fará qualquer coisa que não tenha sido combinada. Agora, em caso da existência de uma combinação, aí, é claro, todo vice, eventualmente, gostaria de ser candidato”.
França elogia a participação de Geraldo Alckmin nas fileiras do PSB: “A presença dele nos dá uma referência nacional que só tivemos lá atrás com o Eduardo Campos. Esta é a primeira vez que o PSB, que tem oitenta anos, ocupa essa posição. O Alckmin não é uma pessoa que não se envolva partidariamente”.
O ministro considera que a direita terá como candidato o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. “O pensamento que ele representa tem força eleitoral, e São Paulo é um estado grande. Ele pode construir junto com Rio Grande do Sul, Minas Gerais, enfim, representantes de estados grandes que votaram no Bolsonaro e tendem a levar o voto dos bolsonaristas e, com um pouquinho de esforço, podem chegar ao centro”.
Quanto ao próximo embate eleitoral, em 2024, França defende que o PSB tenha candidatura própria em São Paulo.