Renan Calheiros diz que aprovou Lei Maria da Penha pensando em punir agressores como Arthur Lira

A rixa entre ambos vem da política alagoana e tomou proporções nacionais em 2021, quanto Lira já era presidente da Câmara e Renan foi nomeado presidente da CPI da Covid-19

Renan Calheiros (MDB-AL), senador.Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) usou as redes sociais na noite desta segunda-feira (29) para fazer duras críticas ao deputado federal Arthur Lira (PP-AL). A rixa entre ambos vem da política alagoana e tomou proporções nacionais em 2021, quanto Lira já era presidente da Câmara e Renan foi nomeado presidente da CPI da Covid-19. No ano seguinte as tensões continuaram por conta das eleições estaduais de Alagoas.

“Triste exemplo: Lira é caloteiro, costuma não pagar o que deve. Pior, desvia dinheiro público e bate em mulher – deu uma surra em Jullyene, a ex-esposa e mãe de seus filhos. Confesso que aprovei a Lei Maria da Penha pensando em punir meliantes como ele”, escreveu o senador.

Sobre o Lira ser caloteiro, Renan publicou nos comentários do post uma notícia do último domingo (28) em que o deputado federal é cobrado judicialmente por Ricardo Dantas, um empresário rural de Alagoas, pela não entrega de cabeças de gado que teriam negociado. Lira estaria devendo R$ 1,8 milhão ao empresário. Em 2018 Dantas teria pago a metade do montante ao presidente da Câmara pela aquisição de bezerros que nunca foram entregues.

Já em relação às agressões contra a ex-mulher, Renan se refere ao caso envolvendo Jullyene Lins, que foi casada por dez anos com o deputado e é mãe dos seus filhos. Em janeiro de 2020 ela deu uma entrevista à Folha em que revelou as agressões sofridas em 2006. Após deixá-la, Lira teria voltado à sua casa, onde a agrediu por cerca de 40 minutos diante da própria mãe e irmão.

“Me agrediu, me desferiu murro, soco, pontapé, me esganou (…) Ele me disse que onde não há corpo, não há crime, que ‘eu posso fazer qualquer coisa com você’. Aquilo era o machismo puro, o sentimento de posse (…) Ele abriu uma empresa com meu nome e até hoje não tenho vida fiscal”, declarou à época.

Mais tarde, Lira teria tentado intimidá-la a mudar seu depoimento a respeito do processo que apurava a agressão. O parlamentar foi absolvido em 2015 pelo Supremo Tribunal Federal.

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