Juscelino Filho indicou contas e nomes para investigado por corrupção fazer pagamentos, diz PF
Segundo a Polícia Federal, as mensagens e áudios que sugerem a participação do ministro, indicado pelo centrão, no esquema foram trocadas entre 2017 e 2020
Juscelino e sua irmã, a prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende, estão sob investigação na operação Odoacro, que apura desvios em contratos financiados por emendas parlamentares destinadas pela Companhia e Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), estatal federal vinculada ao centrão.
As mensagens, datadas de 2017 a 2020, indicam supostos direcionamentos de recursos, nomes de beneficiários além de contas e empresas que deveriam receber os depósitos indicados por Juscelino Filho.
“Ao analisar as mensagens e esses áudios, a PF abriu uma nova linha de investigação, da suspeita de que Juscelino Filho seja sócio oculto de uma empresa que supostamente faz terraplanagem. A polícia coloca em um relatório enviado ao STF duas hipóteses: a empresa seria de fachada e aberta apenas para receber propina (a palavra terraplanagem seria um código) ou o ministro se beneficia de dinheiro público realizando serviços”, ressalta o periódico.
Em resposta, a defesa do ministro nega qualquer irregularidade nas obras vinculadas às emendas parlamentares, classificando as acusações como uma “ilação absurda”.