Luiz Argôlo ‘treme na base’ e já cogita entregar comparsas

Após saber de uma suposta ameaça contra sua família, o ex-deputado federal Luiz Argôlo, preso desde abril pela Lava Jato, cogita fazer uma delação premiada com a Justiça.

argolo algemado

Na semana passada, a defesa do ex-parlamentar baiano teve uma conversa preliminar com o Ministério Público Federal.

Segundo o advogado Sidney Rocha Peixoto, Argôlo tomou a decisão após ouvir o relato do publicitário Aricarlos Nascimento, que trabalhou em suas campanhas. Em depoimento à Justiça, na semana passada, Nascimento disse que recebeu uma ameaça destinada a Argôlo feita pelo deputado federal Mário Negromonte Júnior (PP-BA).

“Ele me disse que, se o Luiz ficasse pianinho, quietinho e não entregasse ninguém, assim que ele saísse de Curitiba, seria ajudado para ter um retorno breve à vida política. Mas, se ele não o fizesse, já sabia qual era o destino de delator”, contou o publicitário.

“[ELE] Disse isso, que delator tinha família, tinha mãe, tinha pai, e depois quando aconteciam as coisas, não sabia por quê”, relatou.

Filho do ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte Júnior é do mesmo partido ao qual pertencia Argôlo, o PP, até 2013. A sigla é apontada como uma das principais favorecidas pelo esquema de corrupção na Petrobras.

Neste ano, Argôlo teve a sua filiação ao partido Solidariedade suspensa pelo conselho da sigla após ser preso.

Ele é réu sob acusação de ter recebido vantagens indevidas do doleiro Alberto Youssef. Sua defesa nega participação no esquema.

A Folha não obteve resposta de Negromonte Júnior.

Com informações da Folha de São Paulo

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