Adalberto Cavalcante e Lúcia Mariano são perseguidos por homens encapuzados em Afrânio

Adalberto Cavalcante e Lúcia Mariano

Da Redação

A campanha municipal em Afrânio ganha contornos preocupantes, em que a candidata a prefeita da cidade Lúcia Mariano (PSB) e seu esposo, o deputado Adalberto Cavalcante (PHS), estão sendo perseguidos por homens encapuzados e armados. O deputado conta com exclusividade ao Ação Popular o tormento que vem enfrentando com sua família.

Segundo o deputado, a perseguição foi iniciada no domingo (30/09), na zona rural de Afrânio. “Eu estava na região de Alagadiço e chegou uma S10, em que o prefeito Carlos Cavalcanti (PSD) estava com mais quatro pessoas, um policial civil por nome Ailton, que estava armado com uma 12 e uma pistola na cintura, um motorista, um irmão dele e mais um homem que não identifiquei mesmo porque o carro todo com vidro fumê e ficaram me seguindo”, relatou Adalberto.

No dia seguinte a perseguição continuou. “Na segunda chegando em Arizona, distrito de Afrânio, um carro Fiat Palio com placa de Senhor do Bonfim, mais uma vez com os vidros todos fumês até o pára-brisa da frente, me seguiu. Quando cheguei perto de Afrânio liguei pra Polícia Militar, falei com o Coronel Teles, ele me orientou que parasse e ficasse esperando a polícia chegar. Mas as pessoas do carro perceberam, que eu tinha ligado pra polícia e por isso tinha parado, então veio um outro carro todo plotado com adesivos do Carlos Cavalcante, um Corola dirigido por um sobrinho da primeira dama, Felipe, uma pessoa saiu do Palio e passou pro Corola e essa pessoa estava armada. Quando a polícia chegou uma hora depois seguiu o carro até o comitê do prefeito, e fez abordagem mas já tinha se passado muito tempo”, contou o deputado que disse que em seguida foi ao Ministério Público e fez denúncia, junto com Lúcia que estava aos prantos. “Levei também duas testemunhas que viram no dia anterior o sobrinho da primeira dama com uma pistola mostrando pra todo mundo”.

O terrorismo instalado em Afrânio continuou. “Ainda na segunda coloquei seis pessoas para me acompanhar, pra minha esposa poder fazer o trabalho de campanha dela. Outro dia em Arizona, fomos fazer campanha e chegou o vereador Pretinho (PSD) dirigindo com três homens encapuzados, aí encostei em uma casa com minha esposa que evidentemente, ficou apavorada, liguei pra policia e fiquei cercado dentro dessa casa a esposa do dono da casa ficou desesperada também, esses indivíduos por trás de uma cerca encapuzados. A gente entende o que? Quem anda com a cara coberta ou é polícia ou bandido. Quando perceberam que a gente ia sair da casa, eles voltaram pra distrito de Arizona. Com a polícia fomos até lá identificamos o vereador mais os três e ainda dois carros inclusive outro Fiat com mais 4 pessoas dando cobertura, com placa de Sr do Bonfim . Quando a polícia chegou o sobrinho da primeira dama pegou um objeto correu escondeu na oficina. Falamos com a policia pra revistar a oficina, mas só com ordem judicial”, contou Adalberto.

A preocupação maior é porque diante de todos esses fatos ainda não foi tomada nenhuma providência. “Já liguei para o Secretário de Segurança do Estado, Delegado Regional, mas a situação é complicada o Secretário me disse que tem 55 pedidos de proteção de candidatos e não pode resolver. E não posso fazer nada, tenho que ficar a mercê dos vagabundos, minha família passando por isso, sem sair de casa. Tive que contratar policiais que estão de folga que levei do Piauí, mesmo porque tem uma determinação de que candidato não pode ter segurança armado. Não sei o que vou fazer mais. Pra fazer campanha visitar as pessoas apresentar propostas tenho que arriscara a vida da minha família?”, indagou Adalberto.

O deputado conta ainda que já são cinco dias de perseguição que vindo ontem (04/10) de Afrânio pra Petrolina foi mais uma vez perseguido. “Quando cheguei em Rajada em um posto, pra dar um recado, um rapaz lá veio até meu carro e me disse ‘tem um carro te seguindo e se escondeu atrás de um caminhão aqui é uma S-10’. Quando percebi já perto de Pau Ferro ele colando em mim, imaginei ‘tenho que puxar o freio de mão pra ele bater no meu fundo’, porque não podia deixar ele passar em mim e me dar um tiro”, contou Adalberto que foi seguido por esse carro até Petrolina.

“Vou ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal. Não tem mais condições. Isso nunca aconteceu em Afrânio, não tenho condições de trabalhar assim”, finalizou.

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